Liberdade do Brasil está ameaçada, diz Bolsonaro sobre eleições nos EUA
Presidente brasileiro afirmou que país pode 'sofrer uma decisiva interferência externa' apesar de sua política simpática a diversas potências
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 3, que o Brasil enfrenta uma “batalha” contra o domínio estrangeiro da Floresta Amazônica e que “nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado”. O comentário foi postado no dia das eleições presidenciais dos Estados Unidos e, apesar de não mencionar nominalmente o candidato Joe Biden, foi entendido como uma mensagem ao democrata.
Em uma série de tuítes formatados para serem veículados no WhatsApp – o “*” no meio do texto serve para ressaltar o conteúdo dentro do aplicativo de mensagens –, Bolsonaro afirmou que há um plano estrangeiro de dominação da Amazônia, mesmo que o Brasil faça uma pollítica interna simpática a esses países.
“No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022”, disse o presidente.
“Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia”, concluiu.
“O presidente Bolsonaro deve saber que se o Brasil deixar de ser um guardião responsável da Floresta Amazônica, minha administração reunirá o mundo para garantir que o meio ambiente seja protegido”, disse Biden ao site da publicação independente Americas Quartly em uma entrevista publicada em março.
Não é a primeira vez, porém, que Bolsonaro responde a Biden sobre a situação ambiental. Durante o primeiro debate entre o democrata e o presidente republicano, Donald Trump, Biden insinuou que o Brasil pode receber represálias comercia, se não aplicar medidas de proteção ambiental na floresta. O ex-vice presidente até propôs um plano de preservação no valor de 20 bilhões de dólares. À época, o presidente brasileiro disse que “não aceitava subornos”.