‘Levamos a ameaça nuclear de Putin muito a sério’, diz Casa Branca
Assessor de Segurança Nacional dos EUA disse que o país entende a seriedade da questão e está em conversas diretas com a Rússia
O assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse nesta sexta-feira, 30, que o governo americano leva a sério as ameaças nucleares do presidente russo, Vladimir Putin, mas não vê indicações imediatas do uso desse tipo de armamento.
Em entrevista coletiva na Casa Branca, Sullivan disse que o país entende a gravidade e está conversando diretamente com a Rússia sobre o assunto, inclusive alertando sobre as respostas decisivas que virão caso o Kremlin siga “por este caminho sombrio”.
+ Qual o tamanho do arsenal nuclear que a Rússia de Putin tem nas mãos
A posição do governo americano acontece depois do discurso à nação feito por Putin em 21 de setembro, quando anunciou uma mobilização parcial de 300.000 reservistas militares e fez uma ameaça velada sobre o uso de armas nucleares.
No entanto, a fala de Putin traz inquietação para todo o planeta devido ao tamanho de seu arsenal nuclear. Todos os números existentes sobre o assunto são especulativos, mas de acordo com a Federação de Cientistas Americanos, a Rússia tem 5.977 ogivas nucleares. Destas, 1.500 estão aposentadas.
Das 4.500 restantes, a grande maioria está classificada como armas nucleares estratégicas, ou seja, que podem ser direcionadas a longas distâncias como mísseis balísticos e foguetes. É esse armamento que geralmente está associado à guerra nuclear. Há ainda armas nucleares de menor poder destrutivo que podem ser usadas para curto alcance ou para batalhas no mar.
Esses números fazem da Rússia a nação com a maior quantidade desse tipo de armamento em todo mundo, superando países como Estados Unidos, com 5.428 e China, com 350. Completam a lista França (290), Reino Unido (250), Paquistão (165), Índia (16), Israel (90) e Coreia do Norte (20).
A legislação russa prevê o seu uso em apenas quatro oportunidades: lançamento de mísseis balísticos contra o território russo ou seus aliados; uso de armas nucleares contra a Rússia ou seus aliados; ataque a locais críticos governamentais ou militares que ameace a sua capacidade nuclear; e agressão contra a Federação russa com uso de armas convencionais quando a própria existência do Estado está em perigo.
+ Putin anuncia que Rússia anexará quatro regiões da Ucrânia
Nesta sexta-feira, Putin formalizou a anexação das quatro regiões separatistas da Ucrânia o que, para Moscou, faz com que Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk se tornem parte do território russo. Segundo especialistas, o movimento pode trazer uma nova dinâmica para a guerra, já que abre margem para o Kremlin responder com armamento nuclear a eventuais ataques feitos a essas regiões.
Brasil está próximo de ter ministro de tribunal superior preso, diz senador
Cruz Azul x Flamengo: onde assistir, horário e escalações
Moradores do Retiro dos Artistas comovem com pedidos de Natal
Presidente da CCJ diz que pretende ‘enterrar’ projeto que reduz pena de Bolsonaro
Qual eleitor mais se arrepende de ter votado em Lula, segundo o Datafolha







