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Kim Jong-un monitora envio de 250 lançadores de míssil à fronteira com Coreia do Sul

Novas armas, projetados pessoalmente pelo líder norte-coreano, podem ser usadas para 'atacar ou ameaçar' o país vizinho

Por Da Redação
Atualizado em 5 ago 2024, 10h39 - Publicado em 5 ago 2024, 10h38
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  • O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, supervisionou no domingo 4 a entrega de 250 novos lançadores de mísseis balísticos táticos às unidades militares localizadas na fronteira com a Coreia do Sul, armas que podem ser usadas para “atacar ou ameaçar” o país vizinho. 

    Os lançadores, projetados pessoalmente por Kim, foram qualificados pelo secretário do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia (WPK), Jo Chun Ryong, como “uma poderosa arma de ataque tático atualizada”, informou a mídia estatal KCNA. Segundo ele, o novo sistema de armas está pronto para ser transferido para as unidades do Exército Popular Coreano na fronteira com a vizinha do Sul.

    “Acreditamos que (os lançadores de mísseis) devem ser usados ​​de várias maneiras, como atacar ou ameaçar a Coreia do Sul”, alertou Lee Sung-joon, porta-voz do Estado-Maior Conjunto sul-coreano, acrescentando que a implantação perto da fronteira significaria que o alcance não seria longo.

    Em discurso, Kim afirmou que “realizar uma cerimônia de transferência do novo tipo de sistema de armas, mesmo em um momento em que todo o país se reuniu em uma campanha para se recuperar dos danos causados ​​por enchentes,” representa uma garantia de proteção à soberania do país.

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    “Ameaça à paz”

    Em resposta à cerimônia, um porta-voz do Ministério da Unificação de Seul disse que os programas nucleares e de mísseis “ilegais” da Coreia do Norte eram a principal ameaça à paz e à estabilidade na Península Coreana. No mês passado, as tensões entre Norte e Sul foram intensificadas pela assinatura de um pacto de defesa mútua entre Moscou e Pyongyang, após o presidente russo, Vladimir Putin, visitar a nação aliada. 

    Seul e Washington realizarão seus exercícios militares anuais conjuntos em agosto, conhecidos como Escudo da Liberdade Ulchi. A Coreia do Norte já condenou várias vezes o treinamento militar conjunto entre os países, classificando-o como um ensaio para uma invasão.

    O líder norte-coreano também culpou os Estados Unidos por criarem um “bloco militar de base nuclear”, obrigando seu país a fortalecer ainda mais suas Forças Armadas.

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