De acordo com a resolução do magistrado Matthew Kacsmaryk, do Texas, “suspende-se a aprovação da mifepristona concedida pela FDA (agência de medicamentos americana)”, diz a decisão de sexta-feira, 7. Kacsmaryk, que cuida do caso em uma corte federal de Amarillo, Texas, foi nomeado pelo ex-presidente Donald Trump e ratificado pelo Senado em 2019. O juiz é cristão conservador, com um histórico pessoal de oposição ao aborto. Autoridades federais terão uma semana para recorrer da medida, promovida por setores conservadores do país.
Parte de um tratamento composto por duas drogas, a mifepristona pode ser usada nos Estados Unidos nas primeiras 10 semanas de gravidez. Tem um longo histórico de segurança, e a FDA estima que 5,6 milhões de americanas tenham recorrido à mesma desde a sua aprovação, nos anos 2000.
Recurso
Com o recurso, a decisão será,revisada por uma Corte de Apelações de Nova Orleans, também conhecida por seu conservadorismo. Por isso, espera-se que o caso passe à Suprema Corte dos Estados Unidos, que, desde que foi renovada por Donald Trump, conta com seis juízes conservadores, de um total de nove.