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Jornal mais antigo da Venezuela interrompe circulação por falta de papel

Diário culpou crise econômica provocada por chavistas; Sociedade Interamericana de Imprensa critica governo

Por Da Redação
10 set 2014, 22h23

O jornal mais antigo da Venezuela anunciou nesta quarta-feira que vai suspender sua edição impressa por causa da dificuldade de importar papel causada pelo controle cambial imposto pelo governo de Nicolás Maduro.

“A partir de segunda-feira, 15 de setembro, e por um tempo que esperamos que seja o mais curto o possível, a voz do povo do Estado de Lara deixará de acompanhar seu café da manhã”, escreveu o conselho editorial do jornal regional El Impulso nesta quarta-feira. A publicação, sediada em Barquisimeto, completou 110 anos em janeiro.

“Os obstáculos que enfrentamos para conseguir papel, que está acabando, representam apenas um episódio em uma série de difíceis adversidades inerentes à séria situação econômica do país”, disse o texto.

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Em um país com rígido controle cambial desde 2003, o governo de Nicolás Maduro praticamente bloqueou no último ano a entrega de divisas para importações consideradas “não prioritárias”.

Por falta do insumo, mais de dez jornais da Venezuela fecharam as portas, se limitaram às edições digitais ou reduziram o número de páginas. A oposição acusa o governo de dificultar a situação com o objetivo de calar a imprensa.

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Nesta quarta-feira, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) afirmou estar indignada com o recente anúncio do presidente Nicolás Maduro sobre a criação de dois jornais governamentais, em um momento em que o El Impulso anunciou que deixará de ser publicado por falta de papel.

“Fica demonstrada, uma vez mais, a ‘bipolaridade’ do governo venezuelano em termos de liberdade de imprensa, que, por um lado, anuncia com desfaçatez a criação de novos meios de comunicação oficiais e, por outro, mantém uma política sistemática e opressiva em termos econômicos e legais, com a intenção de continuar fechando meios de imprensa privados e independentes”, afirmou o encarregado de liberdade de expressão da SIP, o uruguaio Claudio Paolillo.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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