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Joe Biden nomeia médica trans para liderar combate ao coronavírus

A médica Rachel Levine auxiliará na resposta da Casa Branca à pandemia de Covid-19 se for confirmada pelo Senado

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jan 2021, 15h20 - Publicado em 19 jan 2021, 14h36

O presidente eleito Joe Biden decidiu nomear a médica transexual Rachel Levine como secretária assistente da área de saúde do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Se for confirmada pelo Senado para o cargo, Levine será a primeira mulher abertamente transgênero a conquistar tal feito.

A médica é atualmente secretária de Saúde do estado da Pensilvânia, onde comanda a resposta à pandemia de Covid-19. Ela também é professora da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Pediatra de formação, Levine já passou por uma sessão de confirmação no Senado estadual da Pensilvânia quando foi indicada para servir como médica encarregada local, um cargo tradicional na política americana. Posteriormente ela foi promovida para a secretaria de Saúde, também após aprovação dos senadores.

“A Dra. Rachel Levine trará a liderança estável e a experiência essencial de que precisamos para ajudar as pessoas a superar esta pandemia – não importa seu código postal, raça, religião, orientação sexual, identidade de gênero ou deficiência – e atender às necessidades de saúde pública de nosso país neste momento crítico”, disse Biden em um comunicado sobre a nomeação.

Em uma entrevista à rádio NPR no mês passado, Levine disse que o governo federal deve ajudar os estados a conduzir programas de vacinas eficazes para conter a rápida disseminação do coronavírus. Ela também disse que, apesar da promessa das vacinas Covid-19, elas não oferecem uma “solução rápida”.

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“Será essencial para o governo federal fornecer mais recursos aos estados, territórios e cidades que serão encarregados de administrar a vacina”, disse Levine.

A força da diversidade

Desde que sua eleição foi confirmada, Biden vem aos poucos nomeando os principais integrantes de seu gabinete. Com muitas mulheres, representantes de minorias e membros da comunidade LGBT, suas escolhas viram pelo avesso as intervenções conservadoras na máquina administrativa orquestradas por Donald Trump.

Além de Levine, o democrata nomeou Pete Buttigieg, ex-prefeito de cidade de South Bend, Indiana, que ficou conhecido por ser o primeiro gay declarado a tentar a Presidência, como chefe do Departamento de Transporte. A veterana militar transexual Shawn Skelly integra sua equipe de transição e ainda tem chances de emplacar algum cargo definitivo.

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