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Japão registra número recorde de jovens que rejeitam casamento

Declínio nos matrimônios acirra preocupações de autoridades com a queda na taxa de natalidade e envelhecimento da população no país

Por Da Redação
14 set 2022, 10h55
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  • Crowds at the Sibuya crossing in front of Shibuya station. The crossing is reputed to be one of the world's busiest. Known as the Scramble people come from all directions at once when the lights change. Tokyo, japan. (Photo by In Pictures Ltd./Corbis via Getty Images)
    Pesquisa aponta que 17,3% dos homens e 14,6% das mulheres com idades entre 18 e 34 anos rejeitam a ideia de matrimônio – o número mais alto desde que o questionário foi realizado pela primeira vez em 1982. 14/09/2022. (Pictures Ltd./Corbis/Getty Images)

    O Instituto Nacional de População e Previdência Social do Japão divulgou uma pesquisa nesta quarta-feira, 14, que aponta um crescimento no número de jovens que não tem a intenção de se casar. Especialistas alertaram que a tendência prejudicará os esforços do governo para lidar com a crise populacional do país.

    De acordo com o levantamento, 17,3% dos homens e 14,6% das mulheres com idades entre 18 e 34 anos rejeitam a ideia de matrimônio – o número mais alto desde que o questionário foi realizado pela primeira vez em 1982.

    Especialistas atribuem a tendência a vários fatores, incluindo um desejo crescente entre as jovens trabalhadoras de desfrutar das liberdades decorrentes de ser solteira e ter uma carreira.

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    Os homens dizem que também gostam de ser solteiros, mas também expressam preocupação com a segurança no emprego e sua capacidade de sustentar uma família.

    Questionados sobre o que constitui um estilo de vida “ideal” para as mulheres, quase 40% dos homens solteiros pesquisados ​​e 34% das mulheres solteiras citaram a capacidade de equilibrar uma carreira com a criação dos filhos. Em um sinal de mudança de atitude em relação aos papéis de gênero, menos de 7% dos homens disseram que gostariam que seu futuro cônjuge ficasse em casa para cuidar da família.

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    + China limita abortos para tentar impulsionar taxa de natalidade

    O declínio nos casamentos acirra as preocupações de autoridades com a queda na taxa de natalidade do Japão. O Em 2021, o país registrou 811.604 nascimento, o valor mais baixo observado desde que as autoridades de saúde japonesas começaram a contabilizar os dados da natalidade em 1899.

    + Coreia do Sul quebra recorde próprio de menor taxa de fertilidade do mundo

    A redução na fertilidade associada à tendência de envelhecimento demográfico do país provocam a perspectiva de um dramático despovoamento e uma força de trabalho e economia cada vez menores no Japão.

    Shigeki Matsuda, professor de sociologia da Universidade Chukyo, no Japão, confirmou que o desinteresse pelo casamento afetaria negativamente a taxa de natalidade.

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    “O governo japonês tem trabalhado para aumentar a taxa de natalidade tentando ajudar aqueles que desejam se casar ou ter filhos a cumprir suas aspirações”, disse ele ao jornal japonês Mainichi Shimbun. “Mas se o número de pessoas que não querem se casar continuar aumentando, o governo será forçado a rever suas políticas e isso pode levar a um declínio ainda maior na fertilidade”, alertou o pesquisador.

    Dados do governo divulgados em maio demonstram que o número de casamentos caiu de 501.116 em 2020 para 24.391 em 2021, o número mais baixo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

    O contingente populacional do país também apresentou um recorde de queda de 644.000 no ano passado – o décimo primeiro ano consecutivo de declínio. Os dados levaram a uma intervenção de Elon Musk, que alertou que o Japão “deixaria de existir” a menos que relaxasse as regras de imigração e fizesse mais para promover um equilíbrio mais saudável entre vida profissional e pessoal.

    O executivo-chefe da Tesla foi criticado nas mídias sociais por “exagerar” e destacar o Japão, já que não é a única economia desenvolvida que sofre declínio populacional a longo prazo.

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