Itália aguarda o nome do futuro primeiro-ministro
Imprensa aposta no nome do jurista e acadêmico Giuseppe Conte, de 54 anos, como primeiro-ministro
Dois meses e meio depois das eleições na Itália, o partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Liga (extrema-direita) devem apresentar nesta segunda-feira ao presidente Sergio Mattarella o nome para ocupar o cargo de primeiro-ministro.
A Presidência anunciou que os líderes dos dois partidos, Luigi Di Maio (M5S), de 31 anos, e Matteo Salvini (Liga), 45 anos, serão recebidos durante a tarde. Mas nenhuma autoridade divulgou o horário e como será anunciado o nome do futuro chefe de Governo.
Nos últimos dias, Di Maio e Salvini concluíram um acordo, aprovado por 90% de suas bases, um “contrato de governo” que pretende deixar para trás a austeridade e lutar contra as “diretrizes” de Bruxelas.
Os dois sonhavam em dirigir o primeiro governo antissistema da Itália, mas a disputa de egos e os resultados das legislativas os obrigaram a escolher uma terceira pessoa para o posto de chefe de Governo.
Segundo a imprensa italiana, Di Maio e Salvini ocuparão cargos importantes: o ministério do Interior para Salvini e o de Desenvolvimento Econômico, que inclui a pasta do Trabalho, para Di Maio.
A imprensa aposta no nome de Giuseppe Conte, de 54 anos, como primeiro-ministro, um jurista e acadêmico de Direito em Florença e Roma, especialista em justiça administrativa.
Apesar de ser praticamente desconhecido da população, Conte possui uma longa trajetória em universidades estrangeiras de prestígio, como Yale, Cambridge e Sorbonne.
Nascido em 1964 em Volturara Appula, uma minúscula cidade de 500 habitantes na região de Puglia, Conte havia sido apresentado antes das legislativas de 4 de março pelo M5S como possível ministro responsável por “desburocratizar” a administração pública.
Outro nome citado é o de Andrea Roventini, de 41 anos, um economista que é professor na Universidade de Pisa.
Parte da imprensa também menciona Paolo Savona, de 81 anos que foi ministro da Indústria entre 1993-1994 e que sempre foi contrário ao tratado europeu de Maastricht.