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Israel prende suspeito de conspirar com Irã para matar Netanyahu

Judeu israelense foi recrutado para matar autoridades do país, segundo investigação, por US$ 1 milhão; revelação ocorre em meio a tensão com Líbano

Por Da Redação Atualizado em 19 set 2024, 08h49 - Publicado em 19 set 2024, 08h45

A polícia de Israel e a agência de inteligência nacional Shin Bet anunciaram nesta quinta-feira, 19, que um empresário israelense foi preso no mês passado sob acusação de conspirar com o Irã para assassinar o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, ou o chefe do Shin Bet, Ronen Bar. Na semana passada, a agência havia descoberto uma outra conspiração, desta vez do Hezbollah, para assassinar o ex-ministro da Defesa Moshe Ya’alon.

O Shin Bet e a polícia de Israel disseram em uma declaração conjunta que o suspeito foi para o Irã duas vezes e recebeu um pagamento para realizar missões em nome de Teerã.

O suspeito, identificado como Moti Maman, de 73 anos, da cidade de Ashkelon, no sul israelense, foi indiciado nesta quinta-feira. De acordo com o Shin Bet e a investigação policial, ele era um empresário que viveu por longos períodos na Turquia, onde manteve relações comerciais e sociais com turcos e iranianos.

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Em abril deste ano, Maman concordou, por meio da mediação de dois turcos — Andrey Farouk Aslan e Junayd Aslan — em se encontrar com um rico empresário que mora no Irã chamado Eddy, para discutir atividades comerciais, disse a agência de segurança. Maman entrou clandestinamente no Irã por meio de uma travessia terrestre perto da cidade turca de Van.

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A agência de segurança disse que, na casa de Eddy, o israelense se encontrou com oficiais de inteligência iranianos, que lhe pediram para “realizar ataques de assassinato” contra Netanyahu, Gallant ou Bar. Eles também analisaram a possibilidade de matar outros altos funcionários, incluindo o ex-primeiro-ministro Naftali Bennett, de acordo com a investigação.

O Shin Bet acrescentou que Maman pediu US$ 1 milhão adiantado antes de realizar qualquer uma das tarefas.

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Alta tensão

O anúncio veio no momento em que Israel se encontra à beira de uma guerra total com o aliado do Irã no Líbano, o Hezbollah, depois que pagers e walkie-talkies dos combatentes da milícia libanesa explodiram por todo o país, matando ao menos 20 pessoas e ferindo outras milhares. No início desta semana, Tel Aviv anunciou que o Hezbollah havia planejado assassinar dois ex-oficiais de defesa de alto escalão, um deles Moshe Ya’alon, o ex-chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel.

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Os ataques sofisticados a equipamentos de comunicação usados ​​pelo grupo armado apoiado pelo Irã provocaram caos no Líbano e são vistos como o prenúncio de um retorno à guerra total com Israel – travada pela última vez há 18 anos.

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Neste ano, Tel Aviv também foi acusada dos assassinatos do líder do Hamas, Ismael Haniyeh, com um ataque a bomba em Teerã, e do vice-comandante do Hezbollah, com um ataque aéreo em um subúrbio de Beirute. Os dois morreram com poucas horas de diferença em julho.

Apesar dos eventos dos últimos dias, um porta-voz da missão de paz das Nações Unidas no sul do Líbano disse que a situação ao longo da fronteira Líbano-Israel “não mudou muito em termos de trocas de tiros entre as partes”, que ocorrem desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, e forçaram milhares de habitantes dos dois lados da divisa a abandonarem suas casas.

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“Houve uma intensificação na semana passada. Esta semana é mais ou menos a mesma coisa. Ainda há trocas de tiros. Mas ainda é preocupante, e a retórica é perigosa”, disse o porta-voz, Andrea Tenenti, à agência de notíciasReuters.

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