O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta segunda-feira, 9, que Israel autorizou a entrada de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para o resgate e repatriação de cidadãos brasileiros, após o ataque surpresa do grupo terrorista Hamas ao território israelense no último sábado. Em comunicado, o Itamaraty advertiu que “desaconselha quaisquer deslocamentos não essenciais para a região” e informou que os “candidatos à repatriação serão acomodados em listas de prioridade”.
“Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar”, diz a nota. Segundo a FAB, o primeiro voo com repatriados brasileiros deve chegar ao Brasil na madrugada de quarta-feira, 11. O segundo, na noite de quarta.
O passe-livre teria sido organizado pelo Escritório de Representação em Ramallah e pela embaixada de Tel Aviv, depois de terem recebido um formulário online com informações de ao menos 1.700 brasileiros que desejavam aderir aos protocolos de repatriação. A maioria deles são turistas, hospedados em Tel Aviv, capital israelense, e em Jerusalém, cidade considerada sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus.
+ 1.700 brasileiros em Israel querem repatriação, segundo Itamaraty
Ainda no domingo, o governo brasileiro iniciou uma operação com seis aviões da FAB rumo a Israel. O primeiro avião está em Roma, o segundo decolou na tarde desta segunda-feira, partindo de Brasília. A pasta afirma que, de primeira, os residentes brasileiros sem passagem serão priorizados, enquanto o ministério permanece “acompanhando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras em Israel e na Palestina.”
“O Escritório de Representação em Ramallah segue em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e, tendo em conta a deterioração das condições securitárias na área, está implementando plano de evacuação desses nacionais da região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo”, acrescenta o informe.
A declaração mantém o número de desaparecidos em três brasileiros. No domingo, o Itamaraty também havia informado que um cidadão, que participava da rave atacada por soldados do Ramas, estava hospitalizado no sul de Israel. Ao todo, 270 pessoas morreram na festa realizada no sábado, nas proximidades da Faixa de Gaza.