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Israel espionou telefones celulares ao redor da Casa Branca

Agentes de inteligência de Israel teriam plantado dispositivos para colher informações de Trump e de seus colaboradores, diz reportagem do POLITICO

Por Da Redação
12 set 2019, 16h50
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  • Israel implantou dispositivos ao redor da Casa Branca, em Washington, com o objetivo de interceptar ligações e dados de celulares de autoridades americanas. O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tomou medidas contra os espiões, revela reportagem publicada nesta quinta-feira, 12, pelo portal POLITICO, citando como fontes três ex-funcionários de alto escalão do governo.

    Os dispositivos de espionagem se assemelham a torres de telefonia e têm o intuito de colher informações de celulares e o conteúdo das ligações telefônicas. O governo americano acredita, segundo as fontes ouvidas pelo portal, que o objetivo das escutas era espionar o próprio Trump e seus colaboradores próximos.

    “Os dispositivos tinham, provavelmente, o objetivo de espionar o presidente Donald Trump”, embora não esteja claro se os esforços israelenses foram bem-sucedidos, disse um dos ex-funcionários.

    O escritório do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou como uma “mentira descarada” a reportagem e disse que tem um compromisso de longa data de não iniciar qualquer operação de inteligência contra os Estados Unidos.

    Trump não repreendeu o aliado. Uma das fontes descreveu o atual governo americano como o mais próximo de Israel da história. “A reação foi muito diferente do que a que seria no último governo”, disse um ex-funcionário de alto escalão da Inteligência americana.

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    Baseando-se em análises forenses detalhadas, o FBI e outras agências que atuaram no caso chegaram à conclusão que os dispositivos foram implantados por agentes de inteligência israelenses. “Está claro que os israelenses foram os responsáveis”, disse uma das fontes.

    Israel “é muito agressivo” em suas operações de inteligência, disse um dos ex-funcionários. “A prioridade deles é, acima de tudo, garantir a segurança do Estado de Israel, e eles vão fazer qualquer coisa necessária para alcançar esse objetivo”, completou.

    O porta-voz da embaixada israelense em Washington, Elad Strohmayer, negou as acusações dizendo que “essas alegações são um absurdo completo”. “Israel não conduz operações de espionagem nos Estados Unidos, ponto”. Segundo o POLITICO, a Casa Branca, o Departamento de Segurança Nacional, o FBI e o Serviço Secreto Americano não quiseram comentar o caso.

    (Com AFP)

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