O Exército israelense afirmou nesta segunda-feira, 16, que confirmou que o grupo terrorista palestino Hamas mantém 199 reféns na Faixa de Gaza. Anteriormente, a estimativa era “entre 100 e 150”, segundo a representação de Israel nas Nações Unidas.
Os cativos foram sequestrados no sábado, 7 de outubro, quando militantes do Hamas romperam a altamente fortificada cerca da fronteira sul de Israel com Gaza e atacaram um festival de música rave, o Universo Paralello, e várias comunidades próximas à região palestina.
A incursão matou mais de 1.300 cidadãos israelenses e pelo menos 161 estrangeiros de 28 nacionalidades, incluindo os brasileiros Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes, cujos corpos foram encontrados na semana passada. Os três participavam da rave perto da Faixa de Gaza, que foi invadida por homens armados.
O exército afirmou que pelo menos 291 soldados israelenses foram mortos até agora no conflito e reiterou a declaração do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de que não existe um cessar-fogo temporário em vigor no sul de Gaza.
Também nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina disse que pelo menos 2.750 palestinos foram mortos e outros 9.700 ficaram feridos devido a ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, em retaliação à incursão do Hamas.
Na semana passada, o ministro da Energia de Israel, Israel Katz, afirmou que vai manter o bloqueio total de água, eletricidade e combustíveis a Gaza até que o Hamas liberte seus reféns, apesar dos apelos humanitários.
“Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhum hidrante será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os sequestrados israelenses retornem para casa. Humanitário para humanitário. E ninguém nos pregará moral”, escreveu Katz nas redes sociais.
Do outro lado, Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do Hamas, disse que o grupo não fará negociações para liberar reféns capturados até que os combates terminem.
“Informamos a todas as partes que nos contataram sobre os prisioneiros inimigos detidos pela resistência que este arquivo não será aberto antes do final da batalha”, disse ele, acrescentando que a questão dos cativos só será resolvida “nos termos do Hamas”.