O exército de Israel emitiu uma declaração nesta segunda-feira, 4, na qual alega ter matado o comandante responsável pelo sistema de mísseis antitanque da força Radwan, unidade de elite da milícia libanesa Hezbollah.
Identificando-o como Riad Rida Ghazzawi, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) alegaram que ele “planejou e executou uma quantidade significativa de ataques terroristas, incluindo disparos de mísseis antitanque contra civis israelenses e soldados despachados ao sul do Líbano”. A milícia recebe apoio do poderoso Irã para funcionar.
A unidade de elite assumiu a liderança do longo conflito entre Hezbollah e Israel e dos ataques transfronteiriços que aumentaram desde o início da guerra em Gaza. Analistas militares israelenses afirmam que a Força Radwan adotou a missão de conquistar a região da Galileia, no norte israelense.
As forças de Tel Aviv vêm realizando incursões dentro do Líbano desde 1º de outubro, cujo objetivo, segundo o governo, é atacar apenas o Hezbollah, um dos mais poderosos atores não estatais do mundo. As autoridades libanesas registraram mais de 2.800 mortos em ataques israelenses ao Líbano no mês passado, e cerca de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas, de acordo com o governo libanês. Entre elas, de 200 mil a 300 mil cruzaram a fronteira para a Síria, em busca de refúgio.
Do outro lado da fronteira, dezenas de milhares de israelenses foram forçados a deixar suas casas no norte de Israel devido aos repetidos disparos de foguetes de dentro do Líbano. As investidas começaram em paralelo ao início da guerra em Gaza, em outubro passado, no que o Hezbollah caracterizou como ações solidárias ao Hamas. Pelo menos 50 foguetes foram disparados até agora nesta segunda-feira, 4, de acordo com declarações das IDF.
Mais cedo hoje, Israel também declarou que matou um comandante do Hezbollah na área de Baraachit, no sul do Líbano, que identificou como Abu Ali Rida. As alegações não foram verificadas de forma independente.