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Israel demite dois oficiais devido a ataque que matou funcionários de ONG

Investigação do governo israelense conclui que militares confundiram comboio de ajuda humanitária com militantes do Hamas

Por Da Redação
Atualizado em 5 abr 2024, 14h47 - Publicado em 5 abr 2024, 08h59

A investigação conduzida por Israel a respeito da morte de sete funcionários de uma ONG espanhola em um ataque aéreo em Gaza nesta semana concluiu, nesta sexta-feira, 5, que houve erros graves e violações de procedimentos por parte dos militares. Por conta disso, dois oficiais foram demitidos e comandantes superiores receberam uma repreensão formal.

O inquérito concluiu que as forças israelenses se confundiram, acreditando estar atacando homens armados do Hamas quando lançaram drones contra três carros da ONG World Central Kitchen. Segundo os investigadores, procedimentos padrão foram violados.

“O ataque aos veículos de ajuda (humanitária) é um erro grave decorrente de uma falha grave devido a uma identificação errada, erros na tomada de decisões e um ataque contrário aos Procedimentos Operacionais Padrão”, disseram os militares em  comunicado divulgado nesta sexta-feira.

A declaração acrescentou que demitiu um chefe do Estado-Maior de brigada, com patente de coronel, e um oficial de apoio de bombeiros, com patente de major, e emitiu reprimendas formais a oficiais superiores, incluindo o general à frente do Comando Sul.

O ataque

Um ataque aéreo de Israel em Gaza matou sete funcionários da ONG World Central Kitchen, do chef espanhol José Andrés. A organização afirmou na noite de segunda-feira, dia 1º, que o comboio foi atingido no momento que saía de um armazém em Deir al-Balah, na região central do enclave palestino, onde fez uma entrega de mais de 100 toneladas de alimentos — parte da ajuda humanitária enviada ao local por mar.

“Este não é apenas um ataque contra a World Central Kitchen, é um ataque às organizações humanitárias que atuam nos locais mais terríveis em que os alimentos são usados como arma de guerra”, disse Erin Gore, executiva-chefe da  ONG. “Isso é imperdoável.”

Além de palestinos, as vítimas incluem pessoas de Polônia, Reino Unido e Austrália, além de um cidadão com nacionalidade dos Estados Unidos e do Canadá. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, confirmou a morte do trabalhador humanitário Lalzawmi “Zomi” Frankcom, de 44 anos, e disse que o seu governo contactou Israel para exigir que os culpados sejam responsabilizados. Ele foi ecoado pelos governos polonês, britânico e espanhol.

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Segundo comunicado da ONG, seus funcionários viajavam em três veículos, sendo dois blindados e com o logotipo da World Central Kitchen. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra os danos que um projétil israelense deixou em um dos carros.

Andrés, que fundou a ONG em 2010, enviando cozinheiros e alimentos para o Haiti após um grande terremoto, disse que estava com o coração partido e de luto pelas famílias e amigos dos que morreram. “O governo israelense precisa parar com essa matança indiscriminada”, declarou.

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