Militares de Israel bombardearam “dezenas” de alvos do Irã na Síria e mataram 23 combatentes nesta quinta-feira, em resposta a um ataque iraniano com foguetes contra soldados israelenses posicionados nas Colinas de Golã. O confronto é o mais grave já ocorrido entre israelenses e iranianos.
Segundo Israel, os alvos incluíram estoques de armas, locais de logística e centros de inteligência utilizados por forças iranianas na Síria. Israel também informou ter destruído vários sistemas de defesa aérea da Síria. Os mísseis miraram posições militares perto de Damasco, assim como no triângulo formado pelas províncias de Al Quneitra, Deraa e Al Sweida, no sudoeste do país, na zona de fronteira com as Colinas de Golã, ocupadas por Israel.
A ofensiva israelense foi a mais intensa na vizinha Síria desde o início da guerra civil local, em 2011.
Dos mortos durante o ataque de Israel, cinco soldados eram sírios, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres. A organização também afirma que o número de mortos poderia aumentar, porque há feridos em estado grave, embora não especifique quantos.
A Rússia afirma que a operação israelense envolveu 70 mísseis, sendo que mais de metade deles foram derrubados pelas forças russas e sírias.
As expectativas sobre um aumento de tensão na região, em meio a alertas de que Israel estava determinado a impedir o entrincheiramento militar iraniano na Síria, foram alimentadas pelo anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira, de que vai retirar seu país do acordo nuclear fechado com o Irã em 2015.
(Com Estadão Conteúdo, EFE e Reuters)