Em declaração emitida nesta noite (8), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou de “ousada” a decisão da Casa Branca de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, de 2015. Para o líder de Israel, o fim das sanções contra Teerã produziu “resultados desastrosos. Hoje, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que as sanções serão retomadas.
Netanyahu qualificou o governo iraniano como “regime terrorista” no comunicado, divulgado pelo governo israelense. Na semana passada, ele anunciou ter reunido 110 mil documentos que comprovariam o descumprimento dos termos do acordo pelo Irã. Israel e Irã são inimigos históricos.
“Israel apóia totalmente a ousada decisão do presidente Trump de rejeitar o desastroso acordo nuclear com o regime terrorista em Teerã”, afirmou, valendo-se de adjetivos usados frequentemente por Trump. “Israel se opôs ao acordo nuclear desde o início porque dissemos que, em vez de bloquear o caminho do Irã para uma bomba, o acordo realmente abriu caminho para que o Irã adquira um arsenal inteiro de bombas nucleares dentro de alguns anos”, completou.
Netanyahu agradeceu Trump pela sua atitude histórica e o cobriu de elogios.
Além de Israel, apenas seu inimigo histórico no Oriente Médio, a Arábia Saudita, repercutiu positivamente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, até o momento.
O acordo, na opinião do líder israelense, não afastou uma guerra. Ao contrário, a teria aproximado A “agressividade” de Teerã “aumentou drasticamente” no Oriente Médio, disse ele, em sintonia com os argumentos apresentados por Trump.
“Desde o acordo, vimos a agressão do Irã crescer a cada dia – no Iraque, no Líbano, no Iêmen, em Gaza e, acima de tudo, na Síria, onde o Irã está tentando estabelecer bases militares para atacar Israel”, afirmou Netanyahu. “Apesar do acordo, o regime terrorista em Teerã está desenvolvendo capacidade de mísseis balísticos, mísseis balísticos para transportar ogivas nucleares para todas as partes do mundo.”