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Islamismo é a religião que mais deve crescer nas próximas décadas

Pesquisa divulgada pelo Centro Pew afirma que se a tendência atual seguir, logo o islamismo deve alcançar o cristianismo em número absoluto de fiéis no mundo

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2024, 07h35 - Publicado em 3 abr 2015, 07h16

O islamismo será a religião com o maior crescimento mundial nas próximas quatro décadas e, se a atual tendência se mantiver, se aproximará muito do cristianismo em número de fiéis em 2050. A informação foi revelada pelo Centro Pew em um novo estudo publicado sobre as projeções para o crescimento das populações religiosas nas próximas quatro décadas.

O relatório intitulado “O futuro das religiões do mundo: População e Projeções de Crescimento 2010-2050” constatou que em 2050 o número de cristãos irá girar em torno de 2,9 bilhões de pessoas, enquanto os muçulmanos, com um aumento percentual muito maior, chegarão a 2,8 bilhões. Atualmente existem 1,6 bilhão de muçulmanos em todo o planeta, enquanto os cristãos somam 2,17 bilhões de seguidores.

Segundo estas projeções, o islamismo será praticado então por 29,7% da população mundial, enquanto o cristianismo será a religião de 31,4%. O destaque no crescimento ficou para a Europa, onde o número de fiéis muçulmanos chegará a 10% da população. Com a exceção dos budistas, todos os principais grupos religiosos crescerão em número para 2050, mas alguns deles em velocidade menor do que o próprio crescimento populacional do planeta.

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Na América Latina, a pesquisa prevê que os cristãos seguirão sendo o maior grupo religioso nas próximas décadas, inclusive com um crescimento de 25% entre 2010 e 2050. No entanto, indica que na região o maior aumento será entre aqueles que dizem não ter uma crença, de 45 milhões em 2010 para 65 milhões em 2050. Para os Estados Unidos, o estudo calcula que em 2050 a população de muçulmanos irá ultrapassar a de judeus, embora os cristãos ainda apareçam como maioria.

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O estudo, baseado principalmente em censos e coleta de dados, levou em consideração o efeito das migrações, as conversões e a idade e o índice de fertilidade das populações religiosas. Em média, as muçulmanas têm 3.1 filhos, a taxa mais alta entre os grupos religiosos. As mulheres cristãs têm 2.7 filhos, as hindus 2.4 e as judias 2.3.

Durante o estudo o Centro Pew não considerou a profundidade com que as religiões estão inseridas nas populações, nem as subdivisões internas de cada uma delas. O projeto, que exigiu um grande esforço do Pew, é um dos primeiros a fazer uma análise demográfica do tipo e expõem um amplo e interessante quadro sobre um futuro próximo.

(Da redação)

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