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Irã espera aplicar mecanismo para contornar sanções dos EUA ainda este mês

Países do acordo nuclear se reuniram com Teerã para analisar cumprimento do pacto e definir detalhes do novo canal comercial

Por Da Redação
Atualizado em 6 mar 2019, 16h25 - Publicado em 6 mar 2019, 16h16
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  • O Irã e os cinco países que permanecem no acordo nuclear multilateral de 2015 se reuniram nesta quarta-feira, 6, em Viena para analisar o cumprimento do tratado. O encontro também definiu detalhes do mecanismo criado pela União Europeia (UE) para possibilitar o comércio com Teerã, após as mais recentes sanções dos Estados Unidos contra a República Islâmica.

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    Esta é a primeira reunião de representantes de Irã, França, Alemanha, Reino Unido, China e Rússia desde que os países europeus criaram em janeiro um artifício financeiro para evitar os efeitos das sanções americanas.

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    Este mecanismo, chamado Instex e impulsionado por Alemanha, França e Reino Unido, permitiria às empresas europeias continuar comerciando com o Irã sem violar as sanções.

    Segundo o vice-ministro do Exterior do Irã, Abbas Araqchi, que participou do encontro, o Instex deve estar operacional “nas próximas semanas”. A autoridade afirmou esperar que no Ano Novo iraniano, em 20 de março, tudo já esteja funcionando.

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    Washington, que abandonou o acordo nuclear em maio de 2018, critica estas medidas e exige que os europeus deveriam também suspender o acordo com o Irã, ao considerar a República Islâmica como uma “verdadeira ameaça” para a paz no Oriente Médio.

    Ainda assim, na reunião desta quarta, os governos dos seis países definiram os últimos detalhes para colocar o mecanismo em operação e manter o pacto vigente.

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    Araqchi afirmou que o Instex deverá operar no comércio de todo tipo de mercadoria no futuro, mas disse que inicialmente o mecanismo trabalhará somente para facilitar o envio de ajuda humanitária, a fim de “definir os padrões para fazer negócios com o Irã”.

    “Uma vez que os padrões estejam definidos, outros bens, incluindo produtos sancionados – e petróleo, é claro – serão adicionados a esse mecanismo”, acrescentou.

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    Araqchi, contudo, garantiu que há “um apoio muito grande” ao acordo nuclear entre todos os países que participaram da reunião.

    O tratado nuclear prevê uma série de limitações às atividades nucleares do Irã, para evitar que esse país construa uma bomba atômica, em troca de alívios comerciais.

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    No entanto, estes benefícios foram colocados em dúvida pelas sanções dos Estados Unidos, sobretudo contra o setor petroleiro iraniano.

    Manter as vantagens econômicas para o Irã é o grande objetivo dos europeus, que querem evitar o rompimento do acordo e que isso volte a impulsionar o polêmico programa nuclear iraniano.

    Em seu relatório mais recente, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou mais uma vez que o Irã continua cumprindo com todas as suas obrigações nucleares do acordo.

    (Com EFE)

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