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Irã busca ajuda da Rússia para reforçar programa nuclear, diz EUA

Inteligência americana avalia que novos laços entre Moscou e Teerã podem mudar a política russa de não permitir que os iranianos tenham armas nucleares

Por Da Redação
4 nov 2022, 10h02

Autoridades de inteligência dos Estados Unidos afirmaram, nesta sexta-feira, 4, que o Irã pediu a ajuda da Rússia para reforçar seu programa de armas nucleares. Para os americanos, Teerã está traçando um plano B para o caso de um acordo nuclear com as potências mundiais não se concretizar.

De acordo com a emissora americana CNN, que falou com as autoridades sob condição de anonimato, a inteligência sugere que o Irã está pedindo ajuda à Rússia para adquirir materiais nucleares adicionais, bem como a fabricação de combustível nuclear.

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O combustível pode ajudar o Irã a alimentar seus reatores nucleares e encurtar ainda mais o chamado “tempo de fuga” do Irã. O termo se refere ao tempo necessário para produzir urânio de grau de armamento (“weapons-grade uranium”, ou WGU) suficiente para uma arma nuclear. Para produzir WGU, o urânio precisa ser enriquecido (por exemplo, com centrífugas) em mais de 90% de seu isótopo físsil U-235.

Especialistas enfatizaram à CNN, no entanto, que o risco de proliferação nuclear varia dependendo de qual reator é usado. E também não está claro se a Rússia concordou em ajudar – o Kremlin há muito se opõe abertamente à obtenção de uma arma nuclear pelo Irã.

Mas a proposta iraniana surgiu em meio a uma parceria em expansão entre o Irã e a Rússia. Nos últimos meses, Teerã enviou drones e outros equipamentos a Moscou para uso em sua guerra na Ucrânia, e enquanto o Kremlin teria aconselhando o novo aliado sobre como reprimir um movimento de protestos generalizado no país, disseram autoridades americanas.

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O governo do presidente Joe Biden observa com preocupação quaisquer novas áreas de cooperação entre o Irã e a Rússia. Qualquer assistência secreta da Rússia ao Irã que possa impulsionar os esforços iranianos para produzir uma arma nuclear também marcaria uma mudança significativa na política russa, dada a participação da Rússia no grupo P5 + 1 de países que fizeram parte das negociações para impedir o programa nuclear do Irã.

“Como dissemos, o Plano de Ação Conjunto Global não está na agenda”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, à CNN, referindo-se ao nome formal do acordo nuclear com o Irã. “Temos trabalhado com parceiros para expor os laços crescentes entre o Irã e a Rússia – e responsabilizá-los. Seremos firmes em combater qualquer cooperação que seja contrária aos nossos objetivos de não proliferação.”

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