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Irã admite ter disparado míssil que derrubou avião ucraniano

Teerã emitiu comunicado reconhecendo que o ataque ocorreu após um "erro humano" ter identificado a aeronave com 176 pessoas a bordo como um "avião hostil"

Por AFP
Atualizado em 11 jan 2020, 08h38 - Publicado em 11 jan 2020, 08h20
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  • O Estado-Maior das Forças Armadas do Irã admitiu neste sábado, 11, que, por um “erro humano”, um míssil lançado pelo seu próprio Exército derrubou o avião Boeing 737 da Ukrainian Airlines com 176 pessoas a bordo. Em comunicado, o governo iraniano informou que a aeronave foi identificada como um “avião hostil” e que a atingiu no momento em que a ameaça inimiga estava “no mais alto nível”. Teerã ainda pediu desculpas por conta do incidente.

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    O presidente iraniano, Hassan Rohani, declarou que seu país “lamenta profundamente” o incidente, que chamou de “grande tragédia” e “erro imperdoável”, segundo nota emitida pela agência estatal de notícias Irna. “A investigação interna das Forças Armadas concluiu que, lamentavelmente, mísseis lançados por um erro humano causaram o horrível impacto no avião e a morte de 176 inocentes”, diz a nota emitida pelo governo.

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    A maioria das vítimas tinha nacionalidades iraniana e canadense, mas também havia britânicos, suecos e ucranianos a bordo. O ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, apresentou as desculpas do Irã pela catástrofe.

    “É um dia triste”, escreveu Zarif no Twitter, citando que a queda foi fruto de um “erro humano em tempos de crise causada pelo aventureirismo dos americanos”. O incidente ocorreu na madrugada de quarta-feira, 08, logo após o Irã disparar mísseis contra bases militares utilizadas pelos militares dos Estados Unidos estacionados no Iraque. O ataque foi uma resposta à morte do general iraniano Qasem Soleimani, a partir de um míssil disparado por um drone em Bagdá.

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    “Nosso profundo arrependimento, desculpas e condolências ao nosso povo, às famílias de todas as vítimas e às outras nações afetadas”, disse Zarif.

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    O Estado-Maior garantiu à população que o “responsável” pela tragédia será levado imediatamente à Corte Marcial e que o fato não se repetirá. “Garantimos que com as reformas fundamentais nos processos operacionais das Forças Armadas tornaremos impossível a repetição de erro semelhante”, diz o comunicado.

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    O voo PS752 da companhia Ukraine Airlines International (UAI) caiu dois minutos depois de decolar do Aeroporto de Teerã rumo a Kiev. Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Holanda já haviam antecipado que a queda era resultado de um míssil iraniano, e vídeos neste sentido foram publicados nas redes sociais.

    Tragédia anunciada

    Os incidentes envolvendo mísseis e aviões comerciais sobre áreas de conflito não são raros. Em 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malaysia Airlines que seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur foi derrubado sobre o leste da Ucrânia, controlado por rebeldes, matando as 298 pessoas a bordo do Boeing 777, incluindo 193 holandeses. As autoridades de Kiev e os rebeldes separatistas pró-Rússia se acusaram mutuamente de disparar o míssil.

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    Em julho de 1988, um Airbus A-300 da Iran Air, que voava de Bandar Abbas, no Irã, para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi derrubado nas águas territoriais do Irã no Golfo Pérsico por mísseis disparados de uma fragata americana que patrulhava o Estreito de Ormuz. As 290 pessoas a bordo morreram e os Estados Unidos pagaram ao Irã 101,8 milhões de dólares em indenização.

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