Inundação dificulta resgate de mineiros soterrados há 13 dias no México
Funcionários estão presos em mina desde 3 de agosto após desabamento da parede de um túnel no local
O governo do México enfrenta um novo obstáculo para conseguir resgatar os 10 trabalhadores que estão presos em uma mina de carvão há 13 dias à medida que o nível de água no subterrâneo subiu ainda mais devido a uma nova inundação nesta segunda-feira, 15, de acordo com autoridades locais.
Os mineiros estão confinados em uma mina na região de Pinabete, no estado de Coahuila, desde 3 de agosto, após o trabalho de escavação provocar o desabamento de uma parede de um túnel, o que levou à inundação.
De acordo com a diretora da agência de proteção civil do México, Laura Velázquez, a água veio da mina próxima de Conchas Norte, que ficou fechada devido a uma enchente em 1996 e desde então acumulou quase 2 milhões de metros cúbicos de água. Ainda de acordo com a diretora, o objetivo dos engenheiros é isolar as duas áreas enquanto continuam a bombear a água para fora.
+ Depois de 4 dias, mineiros seguem sob terra após deslizamento no México
Na última semana, as autoridades mexicanas conseguiram reduzir o nível da água visto inicialmente, que era de 30 metros. No entanto, nesta segunda-feira, uma nova inundação fez com que a profundidade atingisse mais de 41 metros. Uma equipe estava preparada para resgatar os mineiros no último domingo, 14, mas precisou abortar a missão depois do novo fluxo.
“Essa entrada repentina forçou a suspensão completa do plano de entrada. Colocamos uma câmera no poço, que revelou canos e cabos boiando em águas extremamente turvas”, disse Velázquez em entrevista à imprensa.
Várias equipes de resgate participam do processo de salvamento, incluindo soldados e mergulhadores militares. A repórteres, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que o governo não terá descanso até que todos sejam resgatados.
Os mineiros estão a uma profundidade de cerca de 60 metros e, ao todo, cerca de 234 funcionários do governo trabalham na área para tentar resgatá-los com vida.
A mina, aberta em janeiro, não possuía “qualquer registro de queixa por qualquer tipo de anormalidade”, de acordo com o Ministério do Trabalho mexicano.