A polícia da Bélgica prendeu mais de 400 pessoas neste sábado, 8, depois que manifestantes “coletes amarelos”, inspirados pelos tumultos na França, atiraram pedras e fogos de artifício e danificaram lojas e carros enquanto tentavam chegar aos prédios do governo em Bruxelas.
Uma multidão, que a polícia estimou em cerca de 1.000 pessoas, enfrentou esquadrões antimotim que usavam canhões de água e gás lacrimogêneo para manter as pessoas longe da sede da União Europeia e do bairro do governo belga.
Este é o segundo episódio de violência do gênero na capital em oito dias. A calma foi restaurada após cerca de cinco horas.
O movimento na Bélgica, inspirado nos “gilets jaunes”, ou “coletes amarelos”, que protestam na França, deu voz a queixas sobre o custo de vida e exigiu a remoção do governo de coalizão de centro-direita da Bélgica, seis meses antes que uma eleição nacional seja realizada em maio.
Os manifestantes belgas também vestiam os coletes fluorescentes amarelos usados pelos franceses. Os protestos também bloquearam brevemente uma rodovia perto da fronteira da Bélgica com a França.
A polícia francesa disse que mais de 125.000 pessoas se manifestaram e mais de 135 pessoas ficaram feridas no segundo sábado consecutivo de violência em Paris. No país, os protestos começaram para impedir o aumento de impostos sobre os combustíveis, mas hoje concentram todo tipo de reivindicação, até meso a renúncia do presidente Emmanuel Macron .
Holanda
Também inspirados pelos “coletes amarelos”, cerca de 100 manifestantes se reuniram neste sábado em Roterdã. O protesto no centro da cidade foi mais tranquilo do que os registrados na França e na Bélgica.
Os manifestantes, que exigiam a diminuição dos impostos, cantavam músicas típicas da Holanda e distribuíam flores aos pedestres.
Em Amsterdã, outro protesto em frente ao Parlamento, terminou com pelo menos duas pessoas detidas pela polícia.
(Com Reuters)