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Índia faz lançamento histórico de espaçonave com destino à Lua

A missão tem objetivo de fazer um pouso suave até 23 de agosto, se juntando aos EUA, Rússia e China como os únicos países a conseguirem a façanha

Por Da Redação
14 jul 2023, 11h00

A Índia está tentando se tornar o quarto país a executar um pouso controlado na Lua com o lançamento bem-sucedido de sua missão Chandrayaan-3, nesta sexta-feira, 14. A previsão de pouso da aeronave no satélite da Terra é dia 23 de agosto.

A espaçonave Chandrayaan, que significa “veículo lunar” em sânscrito, decolou do Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, no sul do estado de Andhra Pradesh, pouco depois das 14h30 do horário local. Multidões se reuniram no local para assistir ao lançamento histórico, e mais de 1 milhão de pessoas acompanharam a transmissão no YouTube.

A Organização Indiana de Pesquisa Espacial confirmou que a aeronave já está em “órbita precisa” e “iniciou sua jornada para a Lua”. Nas redes sociais, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ressaltou a importância da missão para o povo indiano e elogiou o sucesso do projeto.

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Esta é a segunda tentativa da Índia de pousar na Lua, depois que o projeto anterior, Chandrayaan-2, falhou em 2019. Sua primeira sonda lunar, a Chandrayaan-1, orbitou a lua e aterrissou na superfície lunar em 2008.

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Desenvolvido pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial, o Chandrayaan-3 é composto por um módulo de pouso, um módulo de propulsão e um rover. Seu objetivo é pousar com segurança na superfície lunar, coletar dados e conduzir uma série de experimentos científicos para aprender mais sobre a sua composição.

Engenheiros indianos trabalham no lançamento há anos, e pretendem pousar o Chandrayaan-3 perto do terreno desafiador do inexplorado Polo Sul da Lua.

A primeira missão lunar da Índia, Chandrayaan-1, descobriu moléculas de água na superfície lunar. Onze anos depois, o Chandrayaan-2 entrou com sucesso em órbita, mas seu rover caiu e quebrou. Na época, Modi elogiou os engenheiros por trás da missão, apesar do fracasso, prometendo continuar trabalhando no programa espacial da Índia.

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Antes do lançamento desta sexta-feira, Modi disse que o dia “sempre será gravado em letras douradas no que diz respeito ao setor espacial da Índia”. O país gastou cerca de US$ 75 milhões, ou R$ 359 milhões, na missão, que deve percorrer mais de 300 mil quilômetros e chegar à Lua nas “próximas semanas”.

O programa espacial da Índia remonta a mais de 60 anos, quando era uma república recém-independente e se recuperava de divisões internas violentas.

Quando lançou seu primeiro foguete ao espaço, em 1963, o país não era páreo para os Estados Unidos ou a ex-União Soviética, muito à frente na corrida espacial. Agora, é a nação mais populosa do mundo e a quinta maior economia. A Índia possui uma população jovem em expansão e é um centro crescente de inovação e tecnologia.

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Além disso, suas ambições espaciais estão se recuperando sob o comando de Modi. Para o líder, que chegou ao poder em 2014 com a bandeira do nacionalismo, o programa espacial da Índia é um símbolo da proeminência crescente do país no cenário global.

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Em 2014, a Índia se tornou a primeira nação asiática a chegar a Marte, quando colocou a sonda Mangalyaan em órbita ao redor do Planeta Vermelho. Três anos depois, lançou um recorde de 104 satélites em uma missão. Em 2019, Modi anunciou que a Índia havia derrubado um de seus próprios satélites em um teste antissatélite, se tornando um dos únicos quatro países a realizar a operação.

Naquele mesmo ano, o ex-presidente da Organização Indiana de Pesquisa Espacial, Kailasavadivoo Sivan, disse que a Índia planejava estabelecer uma estação espacial independente até 2030. Atualmente, as únicas estações espaciais para tripulações de expedição são a Estação Espacial Internacional (um projeto conjunto entre vários países) e a Estação Espacial Tiangong da China.

Até o momento, apenas três outros países conseguiram a complicada façanha de fazer um pouso suave de uma espaçonave na superfície da Lua: Estados Unidos, Rússia e China. Porém, as ambições espaciais da Índia não param na Lua ou em Marte. A Organização Indiana de Pesquisa Espacial também propôs o envio de um orbitador para Vênus.

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