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Imigrantes denunciam racismo ao tentar sair da Ucrânia

De acordo com relatos, governos da Ucrânia e de países vizinhos estão impedindo refugiados negros de atravessar as fronteiras

Por Matheus Deccache Atualizado em 28 fev 2022, 11h57 - Publicado em 28 fev 2022, 11h56
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  • Vysne Nemecke (Slovakia (slovak Republic)), 25/02/2022.- People wait in line as they arrive to the border between Ukraine and Slovakia, at border crossing in Vysne Nemecke, Slovakia, 25 February 2022. Slovakia said it will let fleeing Ukrainians into the country following Russia's military operation in Ukraine. The Slovak Police Force announced on social media that people not holding a valid travel document will also be eligible for entry on an individual basis. (Rusia, Eslovaquia, Ucrania) EFE/EPA/MARTIN DIVISEK
    Relatos de racismo nas fronteiras ucranianas se intensificam nos últimos dias (Martin Divisek/EFE)

    Dezenas de imigrantes africanos na Ucrânia estão sendo impedidos de atravessar as fronteiras do país desde o início do conflito com a Rússia, na última quinta-feira, 24. Por meio de publicações no Twitter, refugiados negros dizem que estão sendo deixados de lado na hora de realizar a travessia. 

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    Em um dos relatos, um homem disse que seus familiares e outros imigrantes foram instruídos a descer do ônibus em que estavam próximo à fronteira no último sábado e, após questionar a ordem, foi expulso do veículo por militares. 

    “Nós estamos agora presos em uma estação de trem em Kiev junto com outras milhares de pessoas sem ter certeza de qual será o próximo passo. Isso não está acontecendo apenas com negros, mas também com indianos, árabes e sírios”, disse ele ao jornal The Independent.

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    No último domingo, 24, estudantes jamaicanos que chegaram a Lviv vindos de Kharkiv foram obrigados a caminhar cerca de 20 quilômetros até a fronteira com a Polônia. A ministra das Relações Exteriores da Jamaica, Kamina Smith, disse que eles foram impedidos de entrar no ônibus que levava estudantes para o país vizinho.

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    De acordo com a estudante de medicina Korrine Sky, 26 anos, pessoas negras estão sendo hostilizadas e até mesmo impedidas de atravessar as fronteiras. Ainda segundo ela, há vigilantes armados andando pelas regiões fronteiriças sob o pretexto de estarem ajudando o exército. 

    Atualmente, há cerca de 4 000 estudantes nigerianos na Ucrânia, o segundo maior grupo de estudantes estrangeiros do país, atrás apenas dos marroquinos, com cerca de 8 000. 

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    Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, o governo da Nigéria pediu às autoridades ucranianas e dos países vizinhos que tratem seus cidadãos com dignidade em meio às acusações de racismo nas fronteiras. 

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    “Houve relatos infelizes de que a polícia ucraniana e o pessoal de segurança estão se recusando a deixar nigerianos embarcarem em ônibus e trens. É importante que todos sejam tratados com dignidade e sem favores”, disse o porta-voz Garba Shehu. 

    Em resposta, a embaixadora polonesa na Nigéria, Joanna Tarnawska, rejeitou as acusações e disse que todos recebem o mesmo tratamento, completando que há relatos de estudantes que já atravessaram a fronteira. 

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    De acordo com ela, documentos inválidos são aceitos para entrar em território polonês e as restrições contra a Covid-19 estão temporariamente suspensas. Ao entrar, os nigerianos têm até 15 dias para deixar o país. 

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