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Hyundai investiga trabalho infantil em sua cadeia de suprimentos nos EUA

De acordo com a agência de notícia Reuters, há crianças menores de 13 anos trabalhando nas fábricas ligadas à empresa no estado do Alabama

Por Matheus Deccache Atualizado em 19 out 2022, 19h04 - Publicado em 19 out 2022, 18h59
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  • A montadora de veículos Hyundai, a maior da Coreia do Sul, está investigando supostas violações de trabalho infantil em sua cadeia de suprimentos nos Estados Unidos e planeja cortar laços com fornecedoras da empresa no estado do Alabama, de acordo com o diretor de operações global da empresa, José Munoz, à agência de notícias Reuters. 

    Um relatório investigativo feito pela agência de notícias em julho documentou que crianças estavam trabalhando em uma fábrica de metal controlada pela Hyundai na zona rural de Luverne, no Alabama. 

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    Após a divulgação do documento, o Departamento de Trabalho do estado, em coordenação com agências federais, lançou uma investigação para averiguar se outras fábricas ligadas à empresa sul-coreana também faziam uso de trabalho infantil e encontrou crianças de até 13 anos trabalhando em outros polos. 

    Em entrevista nesta quarta-feira, Munoz disse que a Hyundai pretende “cortar relações” com as duas fábricas fornecedoras do Alabama o “mais rápido possível”. Além disso, o diretor disse que ordenou uma investigação mais ampla em toda a rede de fornecedores de autopeças da Hyundai nos Estados Unidos por possíveis violações da lei trabalhista e “para garantir a conformidade”.

    Os comentários de Munoz representam o reconhecimento público mais significativo da gigante automobilística até o momento e pode expor uma rede de dezenas de fábricas de autopeças de propriedade principalmente sul-coreana que abastecem a enorme fábrica de montagem de veículos da Hyundai em Montgomery, no Alabama. 

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    Ela foi responsável por produzir quase metade dos 738.000 veículos que a montadora vendeu em território americano no ano passado.

    Conforme relatado pela Reuters, crianças migrantes da Guatemala encontradas trabalhando nas fábricas foram contratadas por empresas de recrutamento ou contratação de pessoal na região. Em comunicado nesta semana, a Hyundai disse que já havia parado de depender de pelo menos uma dessas empresas.

    Apesar de ter ordenado uma investigação mais ampla, Munoz não deu detalhes de quanto tempo irá durar o processo e se a Hyundai irá ou não romper os contratos com as fábricas fornecedoras. 

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    Os comentários do diretor de operações ocorre no mesmo dia que um grupo de investidores da gigante automobilística enviou uma carta à empresa pressionando por uma resposta no caso do suposto trabalho infantil e alertando sobre possíveis danos à sua imagem. 

    O documento dizia que o uso de mão de obra de crianças violava os padrões internacionais com os quais a Hyundai se comprometeu em sua Carta de Direitos Humanos e seu próprio código de conduta para fornecedores. 

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