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Hillary viaja ao Brasil após cúpula das Américas para diálogo de alto nível

Por Por Jordi Zamora
12 mar 2012, 15h09

A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, viajará ao Brasil no dia 16 de abril, após a Cúpula das Américas e uma semana depois da visita da presidente Dilma Rousseff à Casa Branca, informou uma funcionária de alto escalão nesta segunda-feira.

Hillary participará de um diálogo ministerial para reforçar a relação bilateral entre os dois países, declarou a responsável diplomática para a América Latina, a subsecretária interina Roberta Jacobson.

Washington, que corteja o Brasil para torná-lo um interlocutor privilegiado em nível regional, quer elevar o diálogo “a um novo nível, que traga resultados concretos para nossos cidadãos”, disse Jacobson em um debate no centro de análises Wilson Center.

As relações políticas entre os Estados Unidos e o Brasil se estabilizaram após a chegada ao poder de Dilma, depois dos altos e baixos durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.

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Mas as divergências comerciais persistem, como demonstrou o recente e inesperado cancelamento do Departamento de Defesa de um contrato para a compra de aviões Super Tucano da Embraer.

Este episódio ofuscou a primeira visita oficial de Dilma como presidente à Casa Branca, no dia 9 de abril.

“O tema levará seu tempo, não está sujeito a prazos políticos”, disse Jacobson.

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Dilma se reuniu três vezes com Obama, e o recebeu em Brasília há um ano.

Na ocasião, os dois presidentes decidiram em Brasília estabelecer um diálogo permanente em temas econômicos, educacionais e diplomáticos, que se manteve muito ativo nos últimos meses.

Os Estados Unidos, que buscam abandonar progressivamente sua dependência petroleira na região de países como Venezuela, têm interesse especial nas perspectivas do Brasil em águas profundas.

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Obama, grande partidário das fontes de energia renováveis, não oculta seu interesse pela experiência brasileira em biocombustíveis.

Além disso, o Brasil é uma voz de destaque no grupo de países desenvolvidos e emergentes, embora critique frequentemente nesse fórum as políticas monetárias e financeiras de Washington.

Apesar das divergências, Hillary continua comprometida para que a diplomacia brasileira se una aos países que estão aplicando sanções contra Síria ou Irã.

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“Somos sócios naturais, algo que não era óbvio há cinco anos”, assegurou Jacobson.

Mas o Brasil se mantém em um plano discreto quanto à colaboração diplomática e prefere se concentrar nas divergências comerciais, começando pela balança comercial, que lhe é desfavorável em cerca de 11 bilhões de dólares, lembrou no mesmo debate o embaixador Mauro Vieira.

“Concordamos que podemos estar em desacordo em alguns pontos”, disse o embaixador, que assegurou que a visita de sua presidente será, sem dúvida, “positiva”.

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Dilma visitará outra cidade além de Washington, embora a agenda ainda esteja sendo elaborada, revelou Vieira.

“Esta relação (bilateral) é prática, se baseia obviamente em conquistar coisas”, assegurou o assessor presidencial para a América Latina, Dan Restrepo.

Os dois governos trabalham em programas para ampliar o intercâmbio entre estudantes em cooperação científica, explicaram os funcionários de alto escalão do governo Obama como exemplo desta colaboração prática.

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