O grupo terrorista Hezbollah atacou vários postos do exército de Israel ao longo da fronteira nesta quarta-feira, 18, e nove foguetes foram lançados do Líbano, sendo quatro deles interceptados pela defesa aérea israelense, segundo Tel-Aviv. Sirenes de alerta tocaram em Kiryat Shmona, no norte do país, e em várias comunidades próximas.
Pouco antes do ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que um de seus tanques bombardeou duas posições de lançamento de mísseis guiados antitanque (ATGM) no sul do Líbano, onde os militares identificaram uma tentativa de ataque. Um terceiro local de lançamento de ATGM foi atingido após uma investida de mísseis contra a cidade de Metula, no norte de Israel.
As FDI disseram que os mísseis tinham como alvo áreas perto de Metula, Malkia, Kibutz Manara e Rosh HaNikra, com foco nos vários postos militares na área.
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Os casos foram os mais recentes de uma série de conflitos cada vez mais frequentes na fronteira norte com o Hezbollah, apoiado pelo Irã e pelo Hamas. No total, pelo menos cinco soldados israelenses, 11 membros do Hezbollah e cinco militantes palestinos foram mortos nas trocas. Um civil israelense morreu em um ataque no último domingo, 15, enquanto dois civis libaneses e um jornalista também foram mortos por bombardeios de Israel.
Os ataques do Líbano ocorrem em um momento em que Israel trava uma guerra em Gaza, no sul do país, contra o Hamas. O chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Herzi Halevi, alertou que se o Hezbollah “cometer um erro”, vai enfrentar “destruição”.
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Em resposta, o Hezbollah alegou estar “totalmente preparado” para se juntar ao Hamas na guerra contra Israel. Os Estados Unidos exortaram os aliados do grupo palestino a ficarem de fora do conflito e enviaram um porta-aviões para a região como um sinal de que poderiam intervir na guerra em favor dos israelenses.
Em meio à crescente tensão, as FDI e o Ministério da Defesa de Israel disseram que estão trabalhando para esvaziar as cidades a até 2 quilômetros da fronteira libanesa, devido aos repetidos ataques de foguetes e mísseis do Hezbollah e de facções palestinas aliadas nos últimos dias.
A Autoridade Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) disse que cerca de 27 mil habitantes da área seriam levados para albergues e hotéis financiados pelo Estado.