A herdeira e acionista majoritaria da gigante de cosméticos L’Oréal, Françoise Bettencourt Meyers, de 70 anos, entrou para a história como a primeira mulher a ultrapassar a barreira dos US$ 100 bilhões (mais de R$ 485 bilhões). Ela encabeça a lista das mulheres mais ricas do mundo há três anos.
Em 2023, uma valorização nas ações do conglomerado francês fundado em 1909 por Eugène Schueller, avô da bilionária, ajudaram-na a ficar US$ 28,6 bilhões mais rica, segundo um levantamento da Bloomberg Billionaires Index. Cerca de 35% do montante do grupo é destinado a ela e a familiares.
Dona de um perfil mais recluso, Françoise preside a holding Tethys, que detém a participação da família na empresa e foi comandada por sua mãe, Liliane Bettencour,t até sua morte, em 2017. Além de ser responsável por um terço da L’Oréal, ela é pianista, escritora e se dedica à filantropia em projetos de arte e ciência.
Na lista geral, que inclui homens, Françoise não mudou de posição e continua a ocupar o 12º lugar. Apesar do enriquecimento significativo dos últimos tempos, ela não é nem mesmo a pessoa mais endinheirada da França, título ostentado pelo magnata Bernard Arnault, dono da luxuosa LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton).
A fortuna de Arnault, avaliada em US$ 179 bilhões, também surfou a onda que beneficiou os super-ricos ao redor do mundo e cresceu US$ 16,9 bilhões neste ano. Hoje, ele só perde para o excêntrico Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, com US$ 232 bilhões.
A próxima mulher mais rica da lista, depois de Françoise, é Alice Walton, na 19ª posição, com US$ 70 bilhões. Ela é herdeira da fortuna deixada pelo pai, Sam Walton, fundador da rede de lojas Walmart.
No Brasil, o topo do ranking da riqueza passou a ser ocupado pela primeira vez por uma mulher, a viúva de Joseph Safra, o fundador do Banco Safra, Vicky Safra. Ela possui uma fortuna estimada em R$ 87,8 bilhões, somando o patrimônio de seus filhos.