O Hamas divulgou na segunda-feira 16 um vídeo de Mia Schem, uma mulher franco-israelense de 21 anos sequestrada durante o ataque que deu início a guerra entre Tel-Aviv e o grupo terrorista palestino. Na filmagem, a vítima está com o braço machucado e sendo tratada por um médico enquanto pede para ser devolvida à sua família.
No vídeo, a refém, supostamente falando do cativeiro, disse que estava presa em Gaza e sendo bem tratada, mas apelou pela sua libertação o mais rápido possível. Um familiar de Mia, que faz parte de um grupo de cidadãos franceses envolvidos na iniciativa para libertar os desaparecidos, confirmou a sua identidade à agência de notícias Reuters.
Hamas Islamist terrorists have released video of an injured Israeli hostage Mia Schem from Gaza.
IDF Statement 👇
Last week, Mia Schem's family was informed by IDF officials that Mia had been adbucted.
IDF representatives are in continuous contact with the family.
The IDF is… pic.twitter.com/nHG587QtF4
— Aditya Raj Kaul (@AdityaRajKaul) October 16, 2023
Mia, que também tem cidadania francesa, foi sequestrada em 7 de outubro no festival de música Universo Paralello, onde ao menos 260 pessoas foram mortas. Sua família disse que recebeu o vídeo com alívio, por saber que a mulher ainda está viva. Apesar disso, não está claro quando o clipe foi filmado ou se ela esteve sob pressão durante as filmagens.
Os militares israelenses emitiram um comunicado, afirmando que estavam em contato constante com a família de Mia e condenando o Hamas como uma “organização terrorista assassina”. Eles também afirmaram que estava usando “todas as medidas operacionais e de inteligência” para o regresso dos reféns.
“No vídeo, o Hamas tenta retratar-se como uma organização humana, ao mesmo tempo que é responsável pelo assassinato e rapto de bebês, mulheres, crianças e idosos”, disse o comunicado.
O presidente da França, Emmanuel Macron, descreveu o vídeo como “um ato odioso”. Ele, que está em uma visita oficial à Albânia, exigiu a libertação incondicional de Mia.
“É uma ignomínia fazer pessoas inocentes de reféns e exibi-las desta forma odiosa”, disse Macron, acrescentando que a França está “trabalhando com os seus parceiros para libertar os reféns franceses detidos pelo Hamas”.