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Hackers iranianos atacam comitê de campanha de Trump

Microsoft declara que o grupo “Phosphorus” também investiu contra autoridades do governo dos EUA e jornalistas de política internacional

Por Da Redação
Atualizado em 4 out 2019, 18h41 - Publicado em 4 out 2019, 17h45

Hackers supostamente ligados ao governo do Irã atacaram o comitê de campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, segundo o jornal The New York Times. Nesta sexta-feira, 4, a Microsoft informou que o grupo de piratas “Phosphorus” também mirava antigos e atuais autoridades do governo americano, jornalistas de política internacional e iranianos importantes vivendo fora do país.

O governo iraniano ainda não se manifestou sobre a acusação.Durante um período de 30 dias, entre agosto e setembro, o grupo fez mais de 2.700 tentativas de identificar contas de e-mail de consumidores específicos e, depois, atacou 241 dessas contas. De acordo com a Microsoft, os ciberataques não têm sofisticação técnica, mas dispõem de um conjunto significativo de informação pessoal para atacar seus alvos.

A informação sobre o ataque foi confirmada por duas fontes da campanha de Trump. O diretor de comunicações do comitê, Tim Murtaugh, disse que por meio de comunicado que nenhuma das infraestruturas foi alvo.

“O esforço sugere que o Phosphorus está altamente motivado para investir tempo e recursos em pesquisa e outras formas de obter informação”, informou a Microsoft em seu blogue.

Também conhecido como APT 35, Charming Kitten e Ajax Security Team, o Phosphorus usa informação obtida por meio de pesquisa para redefinir senhas ou recuperar recursos das contas, tentando tomar controle de perfis de e-mail. A empresa americana rastreia o grupo desde 2013 e já fechou 99 sites usados para executar seus ataques.

 

A declaração da Microsoft é inquietante, já que a interferência de hackers em eleições tornou-se uma grande preocupação desde que agências de inteligência dos Estados Unidos concluíram que a Rússia fez uma operação de propaganda e infiltração nas redes digitais para favorecer a candidatura de Donald Trump, em 2016. Moscou nega qualquer intervenção.

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Além disso, as tensões entre Irã e Estados Unidos estão em escalada desde maio de 2018, quando Trump saiu do acordo nuclear com Teerã, que limita seu programa nuclear em troca de sanções mais brandas. Desde então, o presidente americano retomou as sanções de seu país, colocando pressão sobre a economia iraniana, incluindo o comércio de petróleo.

(Com Reuters)

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