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Guerras aumentam perspectivas de lucro para os EUA em 2024

Empresas estão produzindo mais equipamentos para abastecer as demandas iniciadas com a guerra na Ucrânia e impulsionadas pelo conflito em Gaza

Por Da Redação
18 dez 2023, 14h24
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  • Quase dois anos depois do início da guerra na Ucrânia, as grandes empresas de defesa dos Estados Unidos esperam uma forte procura em 2024. Esse movimento ocorre à medida que os americanos e os seus aliados impulsionam o abastecimento de armamento e munições caros, de olho no que consideram posições mais agressivas da Rússia e da China.

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    Para satisfazer a procura de defesas antimísseis, a produção de munições para os sistemas Patriot do exército dos Estados Unidos deve aumentar de 550 para 650 foguetes por ano. Com cerca de US$ 4 milhões (R$ 19,7 milhões) cada, isso representa um aumento potencial de vendas anuais de US$ 400 milhões (R$ 1,9 bilhão) apenas em um sistema de armas.

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    As ações das maiores empresas de defesa, que superaram com folga o índice de ações de referência nos últimos dois anos, deverão continuar a subir, de acordo com estimativas de Wall Street. As ações da Lockheed Martin, General Dynamics e Northrop Grumman devem subir entre 5% e 7% nos próximos 12 meses.

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    Demanda da Ucrânia

    O tom utilizado pelas empresas de defesa americanas hoje é diferente daquele usado no início da guerra. Quando o Pentágono convocou os maiores empreiteiros de defesa do mundo para uma reunião solicitar um aumento da produção logo após a Rússia invadir a Ucrânia, um CEO hesitou, segundo a agência de notícias Reuters, dizendo que não queria ficar preso a um armazém cheio de foguetes quando os combates parassem.

    Em entrevista à Reuters, Eric Fanning, executivo-chefe da Associação das Indústrias Aeroespaciais dos Estados Unidos, afirmou que os arsenais de armas americanos não estavam “cheios” antes da Rússia invadir a Ucrânia, e “os adversários estão vendo os nossos arsenais começarem a escassear e a esgotarem-se”. A procura foi impulsionada pelas tensões com a China, pelo medo da agressão russa e pelo apoio aos aliados no Oriente Médio.

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    Aumento na produção

    O aumento nas vendas dos equipamentos de defesa impactam em uma série de empresas. Por exemplo, para a confecção do sistema Patriot, a RTX fabrica os radares e sistemas terrestres, e a Lockheed Martin fabrica os mísseis interceptadores de última geração.

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    A RTX aumentou a produção de lançadores e sistemas de controle para 12 unidades por ano. Um lançador e um radar juntos custam cerca de US$ 400 milhões (R$ 1,9 bilhão) cada. Já a Boeing disse que nos próximos anos vai aumentar em mais de 30% a capacidade de produção de sua fábrica em Huntsville, Alabama, para sensores usados para guiar mísseis Patriot.

    Outro forte sinal de procura pode ser visto na acumulação de motores de foguetes a combustíveis sólidos. Os Estados Unidos têm dois principais fabricantes de motores de foguetes, Northrop Grumman e L3Harris Technologies, que afirmaram ter visto um aumento na demanda nos Sistemas de Lançamento Múltiplo de Foguetes Guiados (GMLRS), muito utilizados na Ucrânia.

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    GMLRS são foguetes guiados por GPS com ogivas de 90kg e, de acordo com uma analise da Reuters, mais de 6.100 foram enviados para a Ucrânia até agora. A Lockheed Martin fabrica 10 mil mísseis por ano e está aumentando a produção para 14 mil.

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