O autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, nomeou a advogada María Teresa Belandria como sua “embaixadora” no Brasil. Trata-se da coordenadora de Assuntos Internacionais do partido Vente Venezuela, liderado pela ex-deputada María Corina Machado, uma das principais figuras da oposição no país.
Especialista em direito econômico internacional, Belandria é professora da Universidade Central da Venezuela. Como parte de sua função no Vente Venezuelano, tornou-se conselheira de María Corina, cujo mandato de deputada foi cassado pelo regime de Nicolás Maduro em 2014.
Em seu perfil no Twitter, a professora se disse honrada pela indicação de seu nome, já aprovado pela Assembleia Nacional – a Casa, dominada pela oposição e presidida por Guaidó, funciona como Congresso do chamado governo interino.
“Um compromisso que assumo em defesa dos nossos interesses e da liberdade”, escreveu.
Guaidó já havia indicado, na semana passada, representantes diplomáticos para os Estados Unidos, Colômbia e Argentina, entre outros países da região que o apoiaram. Mas ainda não havia escolhido seu embaixador para o Brasil. Hoje, além de Belandria, foram indicados David Olsen, para o Paraguai, e María Teresa Romero, para a Guatemala.
O presidente interino prometeu enviar representantes de sua confiança também para os 19 países da União Européia que o reconheceram como governante legítimo da Venezuela.
No caso do Brasil, Belandria deverá ter uma amplitude maior de ação porque o regime de Nicolás Maduro não tem embaixador em Brasília desde dezembro de 2017, quando entrou em choque com o governo de Michel Temer.
A embaixada venezuelana está aberta, mas dificilmente Belandria poderá despachar de lá enquanto Maduro estiver no poder. Em Caracas, tampouco há embaixador. A representação brasileira é comandada pelo encarregado de negócios.