O Grupo de Lima pediu, nesta segunda-feira 15, à comunidade internacional que siga impondo sanções contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao mesmo tempo em que pediu a China, Cuba, Rússia e Turquia o apoio a um processo de transição no país sul-americano, após considerar que o apoio dessas nações a Maduro tem um impacto negativo na região. A entidade se reuniu em Santiago, capital do Chile.
Horas antes da divulgação de uma declaração de 17 pontos – firmada por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru -, o governo canadense anunciou a imposição de mais sanções contra o governo do presidente Maduro, que considera “ilegítimo”.
A ministra das Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland, afirmou que as sanções afetam 43 altos funcionários venezuelanos, entre eles governadores regionais, por estar implicados no enfraquecimento das instituições democráticas. O Canadá já havia imposto sanções contra outras 70 pessoas ligadas ao governo do líder socialista. As sanções incluem o congelamento de ativos e a proibição de que canadenses possam realizar qualquer transação financeira com essas pessoas.
Em seu comunicado, o Grupo de Lima ainda pediu que o chamado Grupo de Contato – formado por países europeus e alguns latino-americanos, como México, Uruguai e Bolívia, além de outros membros da comunidade internacional – concorde em agir para “exigir o fim da usurpação e a celebração de eleições livres, justas e transparentes, com acompanhamento e observação internacional”.
O Grupo de Lima reiterou seu reconhecimento e apoio ao oposicionista Juan Guaidó como líder legítimo do país. O encontro do grupo ocorreu 48 horas após um giro do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, por Chile, Paraguai, Peru e Colômbia, com o quadro na Venezuela em pauta.
A próxima reunião do Grupo de Lima deve ocorrer na Guatemala, em data ainda a definir.
(Com Estadão Conteúdo)