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Guaidó se reúne com Mourão, vice de Trump e aliado para debater a crise

Encontro na Colômbia, o primeiro do líder opositor com o Grupo de Lima, vai definir as próximas ações para forçar a saída de Nicolás Maduro do poder

Por Da redação
Atualizado em 25 fev 2019, 13h21 - Publicado em 25 fev 2019, 11h30
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  • O líder opositor venezuelano Juan Guaidó e seus aliados, com o governo dos Estados Unidos à frente, definem nesta segunda-feira, 25, em Bogotá as próximas ações para forçar a saída de Nicolás Maduro do poder durante reunião do Grupo de Lima.

    O encontro começou por volta das 11h. Uma entrevista coletiva dos chanceleres está prevista para as 13h do horário local (15h de Brasília).

    Esta é a primeira vez que o bloco, criado em 2017 para promover uma saída para a crise na Venezuela, delibera diretamente com Guaidó.

    Além do opositor, participam da reunião o vice-presidente americano Mike Pence e o presidente colombiano Iván Duque. Representando o Brasil em Bogotá estão o vice Hamilton Mourão e o chanceler Ernesto Araújo.

    “Vimos um crime sem precedentes”, declarou Guaidó ao chegar no domingo 24 a Bogotá, enquanto o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que os dias de Maduro “estão contados”.

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    “No Grupo Lima, estamos lutando por uma solução pacífica”, disse o vice-ministro do Exterior do Peru, Hugo de Zela, na abertura do encontro.

    “Reafirmamos nosso compromisso com a transição democrática e a restauração da ordem constitucional na Venezuela”, afirmou Holmes Trujillo, ministro das Relações Exteriores da Colômbia e anfitrião do encontro.

    Guaidó, que também é presidente do Parlamento venezuelano, pediu antes do evento que todas as opções permaneçam abertas contra Maduro depois da frustrada operação do fim de semana que pretendia levar ajuda básica aos venezuelanos afetados pela escassez de alimentos e remédios, que provocou distúrbios violentos.

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    Os caminhões com a assistência doada principalmente pelos Estados Unidos tiveram que recuar e voltar para a cidade fronteiriça de Cúcuta ante o bloqueio das forças chavistas.

    Somente no sábado 23, ao menos 3 pessoas morreram e 295 ficaram feridas nos confrontos entre manifestantes e forças leais ao governo de Maduro, segundo a organização não-governamental Observatorio Venezolano de Conflictividad Social (OVCS).

    Os confrontos, contudo, continuaram no domingo. Segundo o relato de Emilio González, prefeito de Gran Sabana, municipalidade próxima a Roraima, cerca de 25 pessoas teriam morrido desde sexta.

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    Na sexta-feira, uma mulher morreu e ao menos 12 ficaram feridas depois que soldados venezuelanos abriram fogo contra um grupo de civis que tentavam manter aberta uma passagem na região da fronteira entre a Venezuela e o Brasil na comunidade indígena de Kumarakapai.

    “Vamos apresentar posições firmes que signifiquem uma escalada em medidas diplomáticas, políticas e de uso da força”, afirmou o parlamentar Julio Borges, que faz a ligação de Guaidó com o Grupo de Lima.

    A Colômbia pretende reforçar a figura de Guaidó e suas alternativas para a saída de Maduro, que por sua vez está cada vez mais atrelado aos militares.

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    O Grupo de Lima se reuniu pela última vez em 4 de fevereiro em Ottawa. Na ocasião, 11 países pediram uma mudança pacífica de governo, ao mesmo tempo que solicitaram aos militares que reconhecessem Guaidó e permitissem a entrada de ajuda.

    Três integrantes do Grupo de Lima – México, Guiana e Santa Lúcia – não reconhecem Guaidó.

    (Com AFP)

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