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Governo russo se recusa a questionar os resultados das eleições

O governo russo decidiu nesta segunda-feira (12) não receber as reivindicações da oposição, dois dias depois de manifestações sem precedentes. O porta-voz do primeiro-ministro, Dmitri Peskov, descartou qualquer questionamento sobre os resultados das eleições, apesar das fraudes presumidas. As violações foram denunciadas pela oposição e testemunhos invadiram a internet depois das legislativas do dia 4 […]

Por Por Luc Perrot
12 dez 2011, 12h54
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  • O governo russo decidiu nesta segunda-feira (12) não receber as reivindicações da oposição, dois dias depois de manifestações sem precedentes. O porta-voz do primeiro-ministro, Dmitri Peskov, descartou qualquer questionamento sobre os resultados das eleições, apesar das fraudes presumidas.

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    As violações foram denunciadas pela oposição e testemunhos invadiram a internet depois das legislativas do dia 4 de dezembro.

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    “Mesmo se vocês adicionarem todos esses testemunhos, isso só corresponderá a mais ou menos 0,5% do número total de votos”, declarou Peskov, “isso não coloca, de maneira nenhuma, em dúvida a legitimidade das eleições ou os resultados definitivos”.

    A oposição convocou manifestações de uma amplitude sem precedentes no país desde a chegada ao poder de Vladimir Putin em 2000.

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    De 50.000 até 80.000 pessoas participaram do protesto no sábado exigindo a anulação das eleições que deram mais de 49% dos votos para o partido no poder.

    A missão de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) afirmou que as eleições revelaram “sérias indicações de fraudes das urnas”.

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    O procurador geral Iuri Tchaïka disse não existir “nenhuma base para a realização de novas eleições”.

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    Vladimir Putin, homem forte do país, não se pronunciou depois das manifestações, cujos slogans se dirigiam diretamente a ele. O canal público russo mostrou nesta segunda-feira uma central nuclear na província, sem nem mencionar a situação política do país.

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    Presidente até 2008, depois primeiro-ministro, já que não podia permanecer por mais de dois mandatos consecutivos no poder, ele anunciou em setembro sua intenção de retornar ao Kremlin nas eleições presidenciais de março 2012.

    O presidente Dmitri Medvedev não fez mais nenhuma declaração oficial, apenas se exprimiu em sua página no Facebook no domingo.

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    Ele ressaltou não “estar de acordo” com as reivindicações dos manifestantes e anunciou que ordenou uma “verificação” dos resultados das eleições.

    A ONG Golos, que recolheu milhares de testemunhos de fraudes, questionou a confiabilidade das investigações.

    “Estas investigações, se foram confiadas à comissão eleitoral na configuração atual, serão vãs e não vão funcionar”, disse sua presidente Lilia Chibanova.

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    A reação de Medvedev suscitou milhares de mensagens de internautas irônicos ou furiosos na página do Facebook.

    “Nós contamos com vocês. Vergonha”, escreveu Viktor Chernyshov.

    Medvedev tinha ilustrado as esperanças de liberalização na Rússia antes de anunciar que não iria tentar a reeleição para permitir que Putin retornasse ao Kremlin.

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    O partido Rússia Unida reuniu nesta segunda-feira pela tarde partidários no centro de Moscou com o slogan “Viva a Rússia, viva Putin!”.

    A polícia da capital afirmou que compareceram 25.000 pessoas, enquanto um correspondente da AFP disse que os manifestantes pró-regime eram muito menos numerosos.

    O bilionário Mikhaïl Prokhorov anunciou que será candidato na eleição presidencial.

    O ex-ministro russo das Finanças Alexeï Kudrine, personalidade respeitada nos meios financeiros internacionais, também falou sobre sua intenção de se lançar na política junto ao movimento liberal.

    Um instituto de pesquisas próximo do poder, FOM, indicou nesta segunda-feira que vai parar de publicar a popularidade de Vladimir Putin, ainda superior a 50% em novembro, mas em forte queda.

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