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Governo da Ucrânia compara Rússia e Putin à Alemanha nazista e Hitler

Citando II Guerra Mundial, presidente ucraniano também afirmou que 'Rússia atacou traiçoeiramente nosso Estado pela manhã, como a Alemanha nazista fez'

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 fev 2022, 11h19

Uma caricatura do líder nazista Adolf Hitler aparentemente mostrando aprovação ao presidente russo, Vladimir Putin, foi compartilhada nesta quinta-feira, 24, pela conta oficial do governo da Ucrânia no Twitter.

“Este não é um meme, mas a nossa e sua realidade neste momento”, escreveu a conta. No desenho, Hitler aparece em tamanho maior e coloca a mão do rosto do presidente russo, como uma espécie de mentor.

Durante a madrugada, forças russas invadiram a Ucrânia por terra, mar e ar concretizando os temores do Ocidente com o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a II Guerra Mundial.

Em publicações em suas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também comparou o ataque russo aos feitos pela Alemanha durante a II Guerra. Segundo ele, “a Rússia atacou traiçoeiramente nosso Estado pela manhã, como a Alemanha nazista fez”.

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“A Rússia embarcou em um caminho do mal, mas a Ucrânia está se defendendo e não desistirá de sua liberdade, não importa o que Moscou pense”, declarou.

+ Tudo o que se sabe até agora sobre a invasão da Rússia à Ucrânia

Comparações entre Hitler e Putin tem sido frequentes durante protestos na Ucrânia e, agora, ganharam força no exterior. A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, traçou nesta quinta-feira um paralelo entre a agressão “extremamente terrível” aprovada por Putin, e o reconhecimento de regiões separatistas pró-Moscou à ocupação alemã da Checoslováquia em 1938, feita por Hitler.

De acordo com Putin, a operação militar iniciada nesta quinta-feira teria objetivo de proteger as pessoas de “abusos” por parte do governo ucraniano. Apesar da ação militar, negou qualquer plano de ocupação de territórios ucranianos, dizendo que “não vamos impor nada sobre ninguém usando força”. 

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“As repúblicas populares de Donbas abordaram a Rússia com um pedido de ajuda (…) Tomei a decisão de realizar uma operação militar especial. Seu objetivo é proteger as pessoas que são submetidas a abusos, genocídio de Kiev durante oito anos, e para isso buscaremos desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar à justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra pessoas pacíficas, incluindo cidadãos russos”, disse em pronunciamento televisionado.

As região de Donbas abrange as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, reconhecidas na segunda-feira por Moscou como independentes. Poucas horas depois do reconhecimento, o Kremlin anunciou a publicação de um decreto ordenando que o Ministério da Defesa enviasse tropas para “funções de manutenção da paz” para as repúblicas autoproclamadas.

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