Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Gastos globais com armas nucleares crescem e atingem nível recorde

Novo total é impulsionado em grande parte pelo aumento acentuado dos orçamentos de Defesa dos Estados Unidos

Por Da Redação
Atualizado em 17 jun 2024, 11h59 - Publicado em 17 jun 2024, 11h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Gastos globais com armas nucleares aumentaram 13%, atingindo um número recorde de 91,4 bilhões de dólares durante o ano de 2023, de acordo com uma análise da Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (Ican, na sigla em inglês), publicada nesta segunda-feira, 17.

    O novo total, que representa um aumento de 10,7 bilhões de dólares em relação ao ano anterior, é impulsionado em grande parte pelo aumento acentuado dos orçamentos de Defesa dos Estados Unidos, em meio às incertezas geopolíticas provocadas pela invasão da Rússia à Ucrânia e pela guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas.

    De acordo com o relatório, todos os nove países do mundo que comprovadamente têm armas nucleares — China, Coreia do Norte, Estados Unidos, França, Índia, Israel, Paquistão, Reino Unido e Rússia — gastaram mais, de acordo com a Ican. A China foi o segundo maior gastador, com um orçamento de 11,9 bilhões de dólares, embora bem abaixo dos 51 bilhões atribuídos aos Estados Unidos.

    + 24 vezes pior que Hiroshima: Conheça a nova bomba atômica dos EUA

    Segundo Susy Snyder, uma das autoras do relatório, os países que possuem armas nucleares estão “em vias de gastar 100 bilhões de dólares por ano em armas nucleares”, argumentando que o dinheiro poderia ser usado em programas ambientais e sociais.

    Dados compilados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), mostram que o número de ogivas nucleares ativas também aumentou ligeiramente, chegando a 9.585, impulsionado em grande parte pelo aumento do arsenal da China de 410 para 500.

    Continua após a publicidade

    Os Estados com maior força nuclear continuam, desde a década de 1950, segundo os EUA e a Rússia, que possuem cerca de 90% de todas as ogivas. A Rússia tem 4.380 ogivas nucleares instaladas ou armazenadas, em comparação com os EUA, que têm 3.708.

    Retomada de controles

    No ano passado, em meio à retórica bélica entre Rússia e membros da Otan, um conjunto de ex-líderes mundiais, ministros da Defesa, especialistas nucleares e diplomatas pediram que os membros do G7 procurem avançar no controle do uso de armas nucleares em conflitos. O pedido aconteceu durante um encontro da cúpula do grupo dos sete países mais industrializados do mundo em Hiroshima, no Japão, cidade devastada por um ataque com bomba nuclear durante a Segunda Guerra. 

    Em meio à guerra na Ucrânia e a saída da Rússia do tratado Novo Start, que regulava arsenais nucleares, a preocupação da comunidade internacional sobre o tema alcança outro patamar. No entanto, apesar de retirar o país do acordo, a administração de Vladimir Putin, presidente russo, alega que pretende respeitar os limites estabelecidos por enquanto.

    Com a assinatura de 50 países, o pedido foi formalizado através de uma carta organizada por seis ex-chefes de Estado, 20 ministros e especialistas. Entre os signatários estão Ernesto Zedillo, ex-presidente do México, Helen Clark, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia e Ingvar Carlsson, ex-primeiro-ministro da Suécia.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.