Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

24 vezes pior que Hiroshima: Conheça a nova bomba atômica dos EUA

Armamento, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso dos EUA, é uma atualização da versão anterior, a B61-12, construída há dois anos

Por Da Redação
30 out 2023, 18h28

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou na última sexta-feira, 27, o desenvolvimento da chamada “bomba gravitacional B61-13”, com poder de destruição 24 vezes maior do que a utilizada em Hiroshima, cidade japonesa atacada pela Força Aérea americana no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O armamento, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso dos EUA, é uma atualização da versão anterior, a B61-12, construída há dois anos.

“O anúncio de hoje reflete um ambiente de segurança em mudança e ameaças crescentes de adversários potenciais”, afirmou o secretário adjunto de Defesa para Política Espacial, John Plumb. “Os Estados Unidos têm a responsabilidade de continuar a avaliar e colocar em prática as capacidades que precisamos para dissuadir de forma credível e, se necessário, responder a ataques estratégicos, e assegurar os nossos aliados”.

O nome do dispositivo faz referência ao ano em que o primeiro modelo foi lançado, em 1961, e o número da sua versão – nesse caso, é a 13ª atualização. O B, por sua vez, significa que se trata de uma bomba gravitacional, lançada por uma aeronave em direção ao alvo. Com a modernização, espera-se que a bomba B83-1, a mais poderosa do arsenal americano e herança da Guerra Fria (1947-1991), seja retirada de linha.

+ EUA lançam ação global ‘forte’ contra riscos da Inteligência Artificial

“O B61-13 seria lançada por aeronaves modernas, fortalecendo a dissuasão dos adversários e a segurança dos aliados e parceiros, proporcionando ao Presidente opções adicionais contra certos alvos militares mais difíceis e de grande área”, diz o comunicado do Pentágono. “Substituiria alguns dos B61-7 do atual arsenal nuclear e teria um rendimento semelhante ao do B61-7, que é superior ao do B61-12.”

Continua após a publicidade

A capacidade máxima do recém-divulgado armamento chega a 360 quilotons – medida que representa o equivalente de TNT. Ela está, então, lado a lado com uma das relíquias americanas: a B61-7 (340 quilotons). A diferença se delineia no grau de modernização, parâmetro esse em que a B61-13 sai na frente. A bomba utilizada em Hiroshima, há quase 80 anos, detinha cerca de 15 quilotons, contra os 25 arremessados em direção a Nagasaki apenas três dias depois.

“O B61-13 aproveitaria as capacidades de produção atuais e estabelecidas que suportam o B61-12 e incluiria os recursos modernos de segurança, proteção e precisão do B61-12”, indica o texto. “Embora nos proporcione flexibilidade adicional, a produção do B61-13 não aumentará o número total de armas no nosso arsenal nuclear.”

+ Arábia Saudita alerta EUA sobre expansão da guerra no Oriente Médio

Segundo nota do Departamento de Defesa, o B61-13 irá aproveitar a estrutura de produção desenvolvida para o B61-12, compartilhando com esse explosivo de características semelhantes de “segurança, proteção e precisão”. Acredita-se que a empreitada custe 10 bilhões de dólares para ser concluída, orçamento que faz parte do pacote de 1,7 trilhões de dólares para incrementar o arsenal nuclear do país.

Continua após a publicidade

O anúncio ocorre poucos dias após a divulgação de um levantamento do Pentágono sobre o potencial de dominação da China no setor nuclear. Segundo o órgão, a acelerada na produção dessa forma de armamento culminará em um arsenal chinês duas vezes maior do que o atual. As estimativas apontam que, em maio deste ano, Pequim apresentava “mais de 500 ogivas nucleares operacionais”, um montante superior às crenças dos EUA.

“A entrada em campo do B61-13 não é uma resposta a nenhum evento atual específico; reflete uma avaliação contínua de um ambiente de segurança em mudança”, acrescenta a nota.

As bombas de gravidade, diferente das estratégicas, não estão submetidas a qualquer forma de regulação internacional. O Departamento de Defesa calcula que os chineses terão um poderia nuclear equiparável a Moscou e Washington até 2035, aumentando a dor de cabeça para as autoridades americanas. Até o momento, os Estados Unidos contam com 3.700 ogivas nucleares, entre as quais 1.419 estão instaladas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.