Gabinete de Netanyahu pode aprovar acordo com Hamas em reunião
A decisão incluiria uma libertação de 50 reféns israelenses em troca de um período de cessar-fogo em Gaza

Israel anunciou que seu governo fará uma reunião nesta terça-feira, 21, às 20h do horário local (15h de Brasília) para discutir e, possivelmente, aprovar um acordo com o Hamas sobre a libertação de dezenas de reféns em Gaza. Antes da reunião, ainda deve haver um encontro do gabinete de guerra e do gabinete de segurança para a aprovação preliminar da decisão.
Anteriormente, durante um encontro com reservistas no sul de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que “estamos avançando” em direção a um acordo. Um alto funcionário do governo israelense também afirmou que as autoridades estavam “muito perto de um acordo” à televisão israelense Canal 12.
“Acho que não deveria falar muito, mesmo agora, mas espero que tenhamos boas notícias em breve”, disse Netanyahu.
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Analistas acreditam que ainda há questões técnicas a resolver, mas que existe um acordo para que pelo menos 50 reféns sejam libertados em troca de um cessar-fogo temporário.
De acordo com o relatório do gabinete do primeiro-ministro, espera-se que os prisioneiros sejam soltos em fases, ao longo de vários dias. O grupo inclui cerca de 40 crianças, suas mães e outras mulheres. Em troca, Israel libertaria cerca de 300 palestinos encarcerados em suas prisões, entre eles mulheres, crianças e adolescentes.
A decisão também prevê um cessar-fogo na guerra. Segundo relatos da mídia local, Israel também deixaria de usar drones para monitorar partes de Gaza durante várias horas por dia durante o período de armistício.
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O apoio do gabinete é necessário para aprovar qualquer acordo para troca de prisioneiros. Em linha com uma alteração de 2014 à Lei do Governo, o gabinete é obrigado a carimbar a libertação antecipada dessas pessoas.
A libertação antecipada só é possível sob condições rigorosas de segurança nacional ou de relações externas, incluindo a libertação de cidadãos ou residentes israelenses mantidos como reféns, ou como parte de um acordo de política externa.