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G8 tenta convencer Rússia a solucionar conflito na Líbia

Líderes pedem a saída de Kadafi e querem que Medvedev use sua influência

Por Da Redação
27 Maio 2011, 13h45

“Exigimos o fim imediato do uso da força contra os civis por parte do regime de Kadafi. Estamos comprometidos em respaldar uma solução política que reflita a vontade da população da Líbia”, diz trecho da declaração final da cúpula

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta sexta-feira que os países que integram a coalizão internacional que atua na Líbia necessita do auxílio do presidente russo, Dmitri Medvedev, que confirmou ter se oferecido para mediar o conflito.

“Por que não aproveitaríamos seu poder de convencimento? Sim, precisamos da ajuda do presidente Medvedev. Sua ajuda será bem-vinda”, declarou Sarkozy, estimando que “não há mediação possível com (o ditador líbio, Muamar) Kadafi”. “Os soldados devem voltar aos quartéis e Kadafi deve sair”, enfatizou o presidente francês, completando: “Podemos discutir as formas de sua saída”.

Os líderes do G8 reunidos em Deauville, no noroeste da França, irão nesta sexta-feira manifestar repúdio ao general, que “perdeu toda a sua legitimidade” e “deve deixar o poder”, de acordo com a declaração final da cúpula, na qual alguns jornalistas tiveram acesso. “Exigimos o fim imediato do uso da força contra os civis por parte do regime de Kadafi. Estamos comprometidos em respaldar uma solução política que reflita a vontade da população da Líbia”, irão declarar os líderes do G8, de acordo com o rascunho da declaração oficial.

A Rússia, que aceitou o texto da declaração final da cúpula do G8, indicou que Sarkozy e o presidente americano, Barack Obama, pediram a mediação de Medvedev no sentido de tentar encontrar uma solução política para o conflito no país árabe. No caso da Rússia, que sempre criticou os ataques da Otan na Líbia, e chegou a soltar um comunicado afirmando que não discutiria pressões nem sanções para a regiãoregimes do mundo árabe, a declaração representa uma mudança de posição.

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“Obama e Sarkozy, os dois nos pediram”, confirmou o representante especial da Rússia para a África, Mikhail Margelov, que participa da cúpula do G8 em Deauville, na França. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, por outro lado, não integrou a solicitação. Pouco depois, o presidente russo, Dmitri Medvedev, confirmou em uma entrevista coletiva ter oferecido sua mediação na Líbia a seus aliados do G8, e anunciou que enviará “imediatamente” um emissário a Bengazi, bastião da rebelião líbia, no leste do país.

Síria – Além da Líbia, a Síria também ganhou destaque nesse segundo dia de encontro da cúpula. Os líderes do G8 disseram estar “horrorizados” com a situação atual no país e afirmaram que irão “analisar medidas”, caso Damasco continue a utilizar da força, traz a mensagem final da cúpula de Deauville. “Estamos horrorizados com a morte de centenas de manifestantes pacíficos como resultado do uso da violência na Síria e por repetidas e graves violações aos direitos humanos”, diz o texto.

No rascunho prévio, o parágrafo dedicado à Síria ameaça “considerar uma ação no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, mas não estava claro se a frase iria fazer parte do texto final devido a oposição russa, informou uma fonte diplomática. Os líderes do G8 pedem às autoridades sírias que cessem imediatamente o uso da força contra o povo sírio e que atendam às legítimas demandas de liberdade de expressão e direitos universais. “Também pedimos a libertação de todos os presos políticos na Síria. Se as autoridades não ouvirem o nosso pedido, iremos analisar outras medidas”, ameaça a declaração.

(Com agências France-Presse e Reuters)

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