Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

G7 se compromete com imposto mundial de ao menos 15% para grandes empresas

Acordo alcançado foi descrito como "histórico" pelos participantes da reunião realizada em Londres

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2021, 10h03 - Publicado em 5 jun 2021, 09h49

Os ministros das Finanças do G7, o grupo dos sete países mais ricos do mundo, se comprometeram neste sábado, 5, com a imposição de um imposto mínimo global para grandes empresas e corporações. O acordo estipula a adoção de uma alíquota mínima global de pelo menos 15%, segundo um comunicado divulgado após uma reunião de dois dias em Londres.

O compromisso alcançado foi descrito como “histórico” pelo ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, que presidiu a reunião. “Após anos de discussão, os ministros das finanças do G7 chegaram a um acordo histórico para reformar o sistema tributário global para torná-lo mais adequado à era digital global”, disse.

O texto final do comunicado também menciona o compromisso com uma melhor distribuição dos direitos de tributar os lucros das grandes multinacionais, principalmente as digitais e americanas, de acordo com a agência de notícias AFP.

O acordo entre Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Canadá deve ser usado como base para a discussão de um acordo mais abrangente sobre o tema na reunião do G20, que será realizada em julho em Veneza. Depois disso, segue para negociações que acontecem entre cerca de 140 países, por meio da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Continua após a publicidade

O compromisso também é um grande avanço para o governo do presidente americano Joe Biden, que vem impulsionando por uma reforma tributária em seu próprio país e no resto do mundo. O democrata propõs o aumento da alíquota dos grandes conglomerados subiria de 21% para 28% ao ano nos Estados Unidos – mudança fundamental para financiar seu megaplano de gastos de 6 trilhões de dólares.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, é a principal porta-voz do projeto de aumento da alíquota sobre grandes empresas em todo o mundo. Defensora de mais gastos governamentais durante a pandemia, ela diz ser importante garantir que os governos tenham sistemas tributários capazes de investir em “bens públicos essenciais” para responder a crises. Yellen afirma ainda ser preciso “que todos os cidadãos compartilhem de forma justa o fardo de financiar o governo”.

Na prática, o que os países buscam é uma forma de tributar a renda das grandes empresas que fazem uma espécie de planejamento tributário ao concentrar seus lucros em países onde a tributação é baixa. As gigantes da tecnologia, como Google, Facebook, Apple e Uber, têm por prática fazer uma espécie de exportação de serviços de tecnologia.

Continua após a publicidade

Assim, se determinada empresa opera em 50 países, os 50 vão receber o pagamento de impostos sobre o lucro. Caso algum país por algum motivo isente tal empresa de pagamento, o imposto pode ser transferido para o país onde fica o maior acionista da companhia. Os países também poderão continuar cobrando mais imposto do que a alíquota única. O Brasil, por exemplo cobra 34% de imposto das empresas e 45% das instituições financeiras.

“É uma má notícia para os paraísos fiscais em todo o mundo. As empresas não poderão mais fugir de suas obrigações tributárias transferindo habilmente seus lucros para países com baixa tributação”, disse o ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, sobre o compromisso acertado neste sábado.

A reunião em Londres, que começou na sexta-feira, marcou a primeira vez, desde o início da pandemia, que ministros das Finanças das sete principais economias mundiais se encontram pessoalmente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.