O furacão Milton evoluiu nesta segunda-feira, 7, para a categoria 5 na escala Saffir-Simpson, quando há grandes chances de danos catastróficos. O aumento na potência ocorre dois dias antes de chegar à Flórida, nos Estados Unidos, segundo previsões do Centro Nacional de Furacões. No momento, o furacão está a 240 km a oeste de Progreso, em Yucatán, no México, e a 1.185 km a sudoeste de Tampa, na Flórida.
O Serviço Meteorológico Nacional (SMN), do México, informou que “mantém uma zona de prevenção de furacões de Celestún até Río Lagartos, Yucatán; zona de vigilância de furacões de Río Lagartos a Cabo Catoche, Yucatán, e de Campeche, Campeche, a Celestún, Yucatán”. Tempestades já foram registradas em Yucatán e Campeche, onde aulas foram suspensas ainda sem previsão de retorno.
Previsões meteorológicas apontam que o furacão provocará chuvas torrenciais, com possibilidade de inundações e transbordamento de rios, nesta tarde em parte dos estados de Campeche, Yucatán e Quintana Roo, advertiu a Comissão Nacional de Águas (Conagua). Por isso, Yucatán emitiu alerta laranja para municípios do centro, norte, nordeste, noroeste e oeste. Autoridades mexicanas também recomendaram que a população localize os abrigos mais próximos para casos de emergência.
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Situação nos EUA
Espera-se que Milton atinja o território americano na madrugada desta quarta-feira, 9, e que “se torne um personagem extremamente perigoso e mantenha essa intensidade nos próximos dias”, alertou o Centro Nacional de Furacões. Em reflexo, moradores da Flórida foram aconselhados a acompanhar informações das autoridades locais para saberem quais serão os próximos passos.
Embora as previsões indiquem que a tempestade deva cair em intensidade, para a categoria 3, o órgão atentou que “ainda tem probabilidade de ser um furacão grande e poderoso ao atingir a Flórida, com riscos de morte no litoral e no interior”. O mesmo aconteceu com o furacão Katrina, em 2005, que diminuiu sua potência na escala, mas devastou os Estados Unidos e deixou 1.392 mortos.
Milton aterrissará nos EUA poucas semanas após o furacão Helene, o mais mortal desde o Katrina, com 220 vítimas. Ao redor dos Estados Unidos, estima-se que os danos variem de US$ 15 bilhões a mais de US$ 100 bilhões, disseram seguradoras e meteorologistas à agência de notícias Reuters.