O furacão Idalia foi associado a pelo menos duas mortes na Flórida, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 30. Com ventos de mais de 145 km/h, a tempestade atingiu partes do norte do estado, bem como do sul da Geórgia, com fortes chuvas, inundando cidades.
Várias pontes importantes que ligam as ilhas da Florida ao continente estão agora inacessíveis devido a enchentes. A enorme tempestade agora atinge uma faixa de mais de 400 quilômetros no sudeste dos Estados Unidos.
Segundo o sargento da patrulha rodoviária da Flórida, Steve Gaskings, pelo menos dois homens faleceram em acidentes de carro não conectados, devido às condições climáticas. Suas mortes são as primeiras relacionadas ao furacão Idalia.
A tempestade atingiu a área de Big Bend, na Flórida, na manhã desta quarta-feira com uma força catastrófica de categoria 3. Essa parte da costa americana não via tempestades e rajadas de vento tão mortais há pelo menos 125 anos.
Na vulnerável cidade-ilha de Cedar Key, o nível da água do mar subiu 2,7 metros, um recorde. Prevê-se que a água chegue até a metade do segundo andar de um edifício médio.
O nível da água no rio Steinhatchee, na cidade de Big Bend, subiu ainda mais de 2,7 metros, quebrando – por trinta centímetros – o recorde estabelecido durante o furacão Hermina, em 2016.
Autoridades alertam, ainda, para a ameaça iminente de uma enorme “maré-rei”, uma grande onda que ocorre depois que o furacão se afasta da costa.
“Tememos que os moradores andem lá fora, vejam que está sol e pensem que está tudo bem. Mas há mais água chegando”, alertou Rob Herrin, porta-voz dos bombeiros do condado de Hillsborough. “Ainda há muitos perigos depois que os ventos e as chuvas diminuírem.”
As ondas pós-tempestades são responsáveis por cerca de metade de todas as mortes relacionadas a furacões, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional.
Enquanto isso, quase 12 milhões de pessoas no centro e norte da Flórida e no sudeste da Geórgia estão sob 11 alertas de tornados.
Devido ao fenômeno climático, centenas de voos foram cancelados no Aeroporto Internacional de Tampa e no Terminal do Aeroporto Internacional St. Pete-Clearwater. O transporte automotivo também foi interrompido, já que as principais pontes que ligam São Petersburgo e as ilhas da Flórida ao continente foram fechadas.
Houve retiradas de emergência de habitantes de pelo menos 28 condados na Flórida, onde as pessoas foram orientadas a deixar suas casas. Cerca de 4.500 pessoas estão refugiadas em abrigos na área de impacto, mostram dados da Cruz Vermelha divulgados na quarta-feira. O maior número de pessoas – 442 – estava em um local em Largo, Flórida.
Enquanto isso, quase 270 mil residências e empresas na Flórida, bem como outras 40 mil na Geórgia, ficaram sem eletricidade, de acordo com o portal PowerOutage.com.
O estado vizinho, Geórgia, emitiu alertas de inundações-relâmpago. Já caíram entre 7 a 15 centímetros de chuva na área devido a Idália, e outros 2,5 a 5 centímetros são possíveis esta tarde e noite.
A Casa Branca informou nesta quarta-feira que a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências tem suprimentos e equipes de prontidão, incluindo equipes de busca e resgate urbano, para ajudar na resposta assim que a tempestade passar. Pelo menos oito equipes urbanas de busca e resgate, 33 equipes de ataque de ambulâncias e 5.500 membros da Guarda Nacional estão inclusos no contingente.