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Funcionários de jornal do Equador são sequestrados e levados à Colômbia

A principal suspeita é que o ato seja uma represália à atuação das Forças Armadas equatorianas na região, em ações de combate ao narcotráfico

Por Da redação
27 mar 2018, 20h07

O ministro do Interior do Equador, César Navas, confirmou nesta terça-feira o sequestro de três trabalhadores do jornal equatoriano El Comercio, que desapareceram no cantão de San Lorenzo, na província de Esmeraldas, fronteiriça com a Colômbia. Segundo o ele, a principal suspeita é que as vítimas tenham sido levadas para esse país em represália à atuação das Forças Armadas equatorianas na região, em ações de combate ao narcotráfico.

Em um comparecimento perante a imprensa no palácio de Governo, Navas disse que os três trabalhadores do jornal, aparentemente dois jornalistas e um motorista, “foram sequestrados ontem”. Ele revelou que houve “um contato” com os criminosos, mas que não poderia dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.

Navas afirmou existe um registro de que as três pessoas passaram pela reserva militar e que “receberam as advertências correspondentes ao risco de circular por esta zona, o limite político internacional”.

Segundo o ministro, autoridades do Equador se reuniram com os representantes legais do jornal, bem como com familiares dos afetados, a quem deu mais detalhes do ocorrido e explicou os protocolos do caso. No comparecimento, também transferiu a condenação do presidente do Equador, Lenín Moreno, e sua solidariedade aos familiares dos sequestrados.

As unidades especializadas da polícia equatoriana trabalham para solucionar a situação, indicou o ministro, que apontou que o Governo não poupará “nenhum esforço para proteger a vida e integridade” dos afetados.

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“Condenamos energicamente qualquer ato que atente contra a vida e os direitos dos equatorianos”, disse antes de anunciar que, por ordem de Moreno, foi convocado o Conselho de Segurança Pública e do Estado, máximo órgão de segurança do país.

Narcotráfico

Além disso, foi imposta a proibição da circulação de cidadãos que não habitem nas zonas próximas ao limite político internacional no cantão San Lorenzo, onde, desde janeiro, rege um estado de exceção após a explosão de um carro-bomba, que deixou 28 feridos.

O ministro considerou que os ataques que ocorreram nas últimas semanas –oito sem contar o sequestro– correspondem a represálias ligadas ao narcotráfico pelo sucesso das operações de controle das Forças Armadas do Equador na região.

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“O que temos que entender é onde opera a ameaça, a ameaça não está operando no nosso território. No nosso país não estão os cultivos, não estão os laboratórios de drogas”, sublinhou, ao acrescentar que o país enfrenta uma ameaça com um “inimigo difícil, mas que não opera no nosso território”.

Navas assegurou que frente a estas ameaças, as forças equatoriana se mantêm do seu lado da fronteira e voltou a invocar o pedido de seu governo à Colômbia para que garanta a segurança em seu lado da fronteira.

“Vamos reiterar e revisar” com a imprensa os protocolos para o trabalho na zona, apontou o ministro ao pedir aos jornalistas e à população que não se exponham aos perigos e riscos dessa zona.

(Com EFE)

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