A França negou nesta terça-feira que a Síria, tal como anunciou, tenha começado a aplicar o plano do emissário Kofi Annan, classificando as declarações do regime de Damasco de “nova expressão flagrante de uma inaceitável mentira”.
“Estas declarações demonstram um sentimento de impunidade contra o qual a comunidade internacional deve reagir imediatamente”, declarou porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Bernard Valero.
A França vai expor esta posição na reunião do G8 em Washington e dentro do Conselho de Segurança da ONU, segundo Valero.
O chanceler francês Alain Juppé participa nesta quarta e quinta em Washington em uma reunião dos chefes da diplomacia do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Rússia).
Mais cedo, o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Mouallem, afirmou que o governo da Síria retirou unidades militares de certas províncias, no dia em que todas as tropas deveriam deixar as ruas para cumprir o prometido pelo regime de Damasco ao emissário Kofi Annan.
Mouallem disse ainda que o cessar-fogo deveria começar após a chegada ao país dos observadores internacionais.
De acordo com o chefe da diplomacia síria, o governo de Bashar al-Assad passou a aplicar outro ponto do plano de paz, com “a libertação de certas pessoas que participaram nos distúrbios”.
“Como parte das ações positivas de nossa parte, constatamos a intensificação das operações de grupos armados em diferentes regiões da Síria”, disse o chanceler.
O plano de Annan, que prevê a retirada dos tanques e carros de combate dos centros urbanos, deveria entrar em vigor nesta terça-feira para permitir um cessar-fogo em 48 horas.
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