França devolve ao Benin 26 obras de arte roubadas no século XIX
Peças foram saqueadas por tropas coloniais francesas

O presidente da França, Emmanuel Macron, formalizou na última terça-feira 9 a devolução de 26 obras de arte ao Benin.
Com 12 milhões de habitantes, o país localizado no oeste da África foi colônia francesa até 1960, quando conquistou sua independência.
A devolução foi formalizada em cerimônia realizada com Macron e o presidente do Benin, Patrice Talon, no Palácio do Eliseu, em Paris.
Os artefatos faziam parte do acervo do Museu de Quai Branly, em Paris, e seguirão para Porto-Novo, capital do Benin, já nesta quarta-feira, 10.
Entre as peças estão valiosas estátuas do antigo reino de Abomey, que existia antes do Benin ser ocupado por tropas coloniais.
O Palácio real do então rei Behanzin foi saqueado tropas francesas em 1892, e teve suas principais obras enviadas à Europa.
A devolução das obras do Benin segue uma tendência europeia de tentar reparar a pilhagem econômica e cultural empreendida durante o colonialismo.
O debate é crescente e vem atingindo museus da Alemanha e do Reino Unido. Em abril, os alemães devolveram à Nigéria um conjunto valioso conjunto composto por 1.000 estatuetas chamado Bronzes de Benin. As peças haviam sido levadas pelos britânicos 200 anos atrás.
Egito, Grécia e países pré-colombianos também engrossam o coro dos que querem de volta artigos inestimáveis retirados de seus territórios em conflitos do passado ou até em expedições arqueológicas terminadas em disputas.