Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Forças de Israel mataram jornalista deliberadamente, conclui investigação

Constatação feita pela Autoridade Nacional Palestina sobre a morte de Shireen Abu Akleh é rejeitada por Tel Aviv

Por Da Redação 26 Maio 2022, 19h41

A Autoridade Nacional Palestina afirmou nesta quinta-feira, 26, que as investigações sobre a morte da jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, em 12 de maio, indicam que forças israelenses dispararam deliberadamente contra a repórter da rede al-Jazeera. As conclusões, rejeitadas por Tel Aviv, também foram anunciadas de forma similar pela rede CNN, em uma investigação paralela.

Correspondente de longa data da emissora, a repórter foi morta com um tiro na cabeça enquanto cobria ataques do Exército israelense na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada. O caso ganhou grande repercussão mundial e, pouco depois do anúncio das conclusões da investigação, a rede al-Jazeera anunciou que irá trabalhar com um escritório especializado para enviar o caso ao Tribunal Penal Internacional, citando o “assassinato a sangue frio” de sua funcionária.

+Jornalista é morta por forças de Israel na Cisjordânia, diz emissora

O procurador-geral da Palestina, Akram al-Khatib, disse que a jornalista vestia um colete que dizia ‘imprensa’ para sinalizar que era uma profissional da comunicação. Outros jornalistas também estavam no local. Ali al-Samoudi, do mesmo veículo, também foi baleado nas costas, mas está em condição estável.

Continua após a publicidade

“A única fonte de disparos foi pelas forças de ocupação com o objetivo de matar”, disse o procurador.

Al-Khatib informou também que as investigações foram baseadas em relatos de testemunhas, uma inspeção da cena e um relatório médico forense. Segundo ele, não haviam combatentes palestinos perto do local do assassinato, contradizendo as alegações de autoridades israelenses de que ela poderia ter sido morta por palestinos armados.

A autópsia e um exame forense realizados em Nablus, na Cisjordânia, após a morte de Abu Akleh mostraram que ela foi baleada por trás, indicando que estava tentando fugir enquanto as forças israelenses continuavam a disparar contra o grupo de jornalistas

Continua após a publicidade

Em uma investigação paralela, a emissora americana CNN anunciou conclusões similares após acesso a mais de 10 vídeos do incidente e de momentos antes e depois do ato. Segundo a rede, não houve qualquer combate ativo e não havia palestinos na região e, depois de conversas com testemunhas, afirmou que evidências indicam a morte deliberada da jornalista.

Em comunicado à imprensa, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, rejeitou as conclusões e disse que acusações de que soldados israelenses “miram jornalistas ou aqueles que não estão envolvidos é uma mentira bruta”.

Em meio à tensão, na semana passada, a polícia de Israel repreendeu com cassetetes uma procissão durante o funeral de Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera. Mais de cem pessoas se reuniram em frente ao hospital St. Joseph, em Jerusalém, antes do enterro, e começaram a carregar o caixão de Abu Akleh a pé para a Igreja Ortodoxa Grega.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.