Um foguete caiu perto da embaixada dos Estados Unidos na Zona Verde, área militarizada de Bagdá que reúne sedes de representação de diversos países, neste sábado 4, mas não causou vítimas. O foguete caiu dentro da Praça da Celebração. Milhares de iraquianos se reuniram, neste sábado, 4, na capital do Iraque para o funeral do general iraniano Qasem Soleimani, morto no país por um drone americano na noite de quinta-feira, 2. Outro artefato atingiu uma base militar que abriga tropas americanas no país.
Durante o cortejo fúnebre, o público entoou palavras de ordem contra o governo americano e queimou bandeiras do país. Os seguidores de Soleimani gritavam “Morte aos Estados Unidos!” no bairro xiita de Kazimiya, em Bagdá, durante o cortejo fúnebre.
O assassinato de Soleimani, o arquiteto da política do Irã no Oriente Médio, e do líder miliciano Abu Mehdi Al Muhandis, o número dois da Hashd Al Shaabi e considerado o homem do Irã em Bagdá, aumenta o receio de que aconteça um novo conflito na região. O ataque perto do aeroporto de Bagdá destruiu completamente dois veículos e deixou um total de dez mortos, cinco iraquianos e cinco iranianos. O Irã prometeu “uma dura vingança no momento e no lugar apropriados”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira 3, que a ação aérea no Iraque perpetrada para matar o principal estrategista militar do Irã não teve o intuito de iniciar uma guerra, mas, sim, de pôr fim a ela. “Nós atuamos para parar uma guerra, não para começar uma guerra”, afirmou à imprensa no seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, depois de ter determinado o envio de mais 3.500 soldados ao Oriente Médio.
(Com Reuters e EFE)