A Finlândia fechou temporariamente sete das suas oito passagens de fronteira com a Rússia nesta sexta-feira, 24, em resposta a um fluxo de imigrantes elevado que o país nórdico afirma que ser culpa de Moscou, por canalizar o fluxo para a fronteira. O Kremlin nega as acusações, apesar de mais de 700 migrantes de países como Afeganistão, Quênia, Marrocos, Paquistão, Somália, Síria e Iêmen adentrarem a nação pela divisa russa nas últimas semanas.
Depois de ter fechado na semana passada quatro postos fronteiriços, a Finlândia intensificou a medida, que ficará em vigor por um mês. Apenas a passagem mais ao norte, de Raja-Jooseppi, localizada na região norte do Ártico, continua em funcionamento.
Raja-Jooseppi abriu seus portões ao tráfego nesta sexta-feira, 24, às 8h do horário local (3h de Brasília) e vai continuar recebendo pedidos de asilo durante quatro horários diários de funcionamento, segundo a Guarda de Fronteira Finlandesa.
Na quarta-feira 22, 92 imigrantes ilegais chegaram às passagens fronteiriças de Salla e Vartius antes de serem fechadas, mas nenhum apareceu durante a noite, fora do horário de funcionamento.
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Separadamente, a Guarda de Fronteira Finlandesa disse que dezenas de oficiais da Frontex, agência da União Europeia que atua no controle da imigração, vão ajudar a patrulhar a divisa de 1.340 km com a Rússia a partir da próxima semana. Os agentes temem que imigrantes possam tentar entrar no país nórdico por meio das florestas que dividem as duas nações.
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De acordo com Jonas Gahr Stoere, o primeiro-ministro da Noruega, que faz fronteira com a Rússia ao norte da Finlândia, seu país “não sofreu com nenhuma irregularidade” até agora. Ele afirmou que Oslo está monitorando a situação na fronteira e em contato constante com Helsinque sobre o assunto.
“Estamos prontos para tomar as medidas necessárias para manter a ordem na fronteira, mas até agora não detectamos nenhuma irregularidade”, disse Stoere.