Sob estado de calamidade pública em decorrência do novo coronavírus, as Filipinas anunciaram nesta quarta-feira, 18, que receberão 100.000 kits de teste para o vírus, dentre outros equipamentos, da vizinha China — onde eclodiu a pandemia em dezembro e onde, com 81.116 casos e 3.231 mortes, se concentra 45% das infecções em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A China enviará 100.000 kits de teste, 10.000 máscaras N95, 10.000 equipamentos de proteção pessoal e 100.000 máscaras cirúrgicas”, disse o chanceler filipino, Teodoro Locsin Jr., nesta quarta. O arquipélago registrou mais de 200 casos e pelo menos 19 mortes, segundo estimativa do jornal americano The New York Times.
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, instituiu estado de calamidade pública em todo o país pelos próximos seis meses “a menos que seja revogado ou prorrogado antes” em decreto divulgado na terça-feira 17.
Além de acelerar a realocação de fundos para o combate à epidemia no país, o decreto de estado de calamidade impôs uma quarentena sobre toda a ilha de Luzon, onde fica a capital, Manila, a partir de segunda-feira, 23, até 12 de abril — os residentes estão em quarentena doméstica e foram instituídas restrições a viagens e a meios de transporte em massa.
Ainda segundo o decreto, as autoridades de segurança, como as Forças Armadas, também “tomarão todas as medidas necessárias para garantir a paz e a ordem”.